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Em Porto Alegre, Dilma inaugura hospital e ressalta articulação com estados e municípios

Presidenta reafirmou que melhorias no SUS só são possíveis com cooperação entre entes federativos, e lembrou que Mais Médicos foi 'decisão correta'

Roberto Stuckert Filho/PR

Além de inaugurar complexo hospitalar, Dilma recebeu título de cidadã portoalegrense

São Paulo – Ao inuagurar hoje (4) um hospital no bairro de Restinga, na zona sul de Porto Alegre, a presidenta Dilma Rousseff ressaltou a importância de que União, estados e municípios trabalhem juntos para melhorar os serviços de saúde pública. Mesma ênfase na articulação dos entes federativos deu a presidenta ao visitar São Paulo na semana passada para anunciar a liberação de recursos federais para obras de mobilidade urbana e combate a enchentes.

“Uma rede significa que os elos todos estão conectados e, ao estarem conectados, fazem com que o sistema funcione melhor”, pontuou Dilma. “E aí nós temos posto de saúde, que dá conta de 80% dos problemas básicos de uma população. Temos a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para tratamento de urgência e emergência de baixa e média complexidade. E aí temos um hospital desse padrão de referência. É o que queremos para todos os municípios do país.”

A comunidade de Restinga, bairro com mais de 50 mil habitantes, esperava a construção do centro de saúde há quase meio século. O complexo hospitalar, cujas obras começaram em 2010, deveria ter sido concluído em 2012. Será operado em parceria com a iniciativa privada, com capacidade para atender a 13 mil pacientes por mês. Inicialmente, será aberto o pronto-atendimento, com 25 leitos de observação e 62 de internação. Em seis meses, deve estar operando com toda capacidade.

Dilma aproveitou para defender um dos programas federais mais criticados pela oposição e pela grande imprensa: o Mais Médicos. “Foi uma decisão correta trazer profissionais do exterior”, reafirmou. “Temos mais de 14 mil médicos hoje trabalhando em postos de saúde, espalhados pelas grandes capitais, pelas suas regiões metropolitanas, por suas chamadas periferias. Temos médicos nas cidades médias deste país, nas pequenas cidades e por todo o interior. Sobretudo, temos médicos nos departamentos de saúde indígena, que até então não eram atendidos.”

Além da abrangência do programa, que, segundo a presidenta, levou profissionais de saúde para 50 milhões de brasileiros em apenas um ano, Dilma destacou a qualidade do atendimento que vem sendo prestado pelos doutores estrangeiros. “É um tratamento humanizado, em que as pessoas são tocadas, examinadas e, sobretudo, escutadas”, lembrou. “Isso faz toda a diferença do mundo. Humanizar o tratamento, colocar a pessoa no centro da política é algo que faz a diferença.”

Prestes a entrar em campanha, Dilma também achou a oportunidade de falar sobre os programas federais de ensino técnico e profissionalizante: o Pronatec. “Vamos chegar no final deste ano com oito milhões de vagas e prevemos, para a sequência, 12 milhões de vagas. O objetivo é chegar, em 2018, tendo formado 20 milhões de brasileiros e brasileiras”, prometeu. “É importante dizer que 60% das matrículas do Pronatec são de mulheres, adultas, jovens, esforçadas, trabalhadoras e microempresárias.”

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