Eleições 2014

Pesquisa Datafolha aponta queda de Dilma, Aécio e Campos; aumentam os indecisos

Presidenta cai três pontos e está com 34% das intenções de voto, contra 38% dos rivais somados. Resultado que levaria as eleições para o segundo turno.

José Cruz/ Abr

Dilma segue com vantagem de dois dígitos sobre segundo colocado, mas vitória no primeiro turno se distancia

São Paulo – Pesquisa eleitoral do Instituto Datafolha concluída ontem e publicada hoje (6) pelo jornal Folha de S.Paulo detectou uma tendência curiosa: queda de todos os principais postulantes à Presidência da República e aumento do número de indecisos. A presidenta Dilma Rousseff (PT), que concorre à reeleição, apresentou queda de três pontos entre a pesquisa atual e a realizada em 7 e 8 de maio deste ano pelo mesmo instituto; ela foi de 37% para 34%. Aécio Neves e Eduardo Campos também caíram: o senador mineiro, pré-candidato a presidente pelo PSDB, foi de 20% para 19% das intenções de voto, e o ex-governador de Pernambuco, de 11% para 7%.

O resultado da pesquisa aponta para a realização do segundo turno, uma vez que a soma da pontuação dos adversários de Dilma (38%) é superior à pontuação da presidenta. O resultado da soma dos adversários da presidenta é igual ao da última pesquisa Datafolha, fenômeno que se deve ao crescimento dos candidatos chamados  “nanicos”. O pré-candidato do PSC, Pastor Everaldo Ferreira, oscilou positivamente de 3% para 4%, e o nome de Magno Malta (PR), antes sem pontuação, apareceu com 2%. Com uma margem de erro de dois pontos percentuais, não é possível prever se haverá segundo turno.

Com relativa estabilidade entre os brancos e nulos (variação de 16% para 17% entre maio e junho), o percentual que mais cresceu foi o de indecisos, de 8% para 13%. Esse resultado reflete piora na percepção sobre as condições da economia. Aumentou oito pontos percentuais, para 36%, o total de respondentes que creem que a situação econômica vai piorar nos próximos meses, e foram de 42% para 48% os que acham que o desemprego vai piorar. Enquanto 64% acham que a inflação vai crescer, subiu de 32% para 34% os que temem que seu poder de compra vá diminuir.

A pesquisa, porém, também traz outros de números de difícil explicação. O número de pessoas que dizem apoiar com certeza o nome indicado pelo ex-presidente Lula é de 36%, maior que o percentual de Dilma; o de pessoas que “talvez” sigam o voto de Lula chegam a 24%. O número de entrevistados que, em agosto ano passado, diziam conhecer bem o ex-presidente, no patamar de 75%, agora caiu para 66%. Joaquim Barbosa aparece como segundo cabo eleitoral mais forte: 26% dizem “seguir o relator”; e outros 26%, talvez.

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