'especulação'

‘Não há possibilidade de Meirelles ser vice de Aécio’, afirma Afif Domingos

Em encontro realizado em São Paulo, prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, disse que composição entre PSD e PSDB é 'papo furado da mídia'

arquivo abr

Meirelles é um nome “extremamente qualificado”, conforme afirmou nesta segunda Aécio Neves

São Paulo – O vice-governador de São Paulo e ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos (PSD), disse hoje (19) em São Paulo que não há possibilidade de o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles ser o vice na chapa do pré-candidato tucano à presidência da República, o senador Aécio Neves (MG). “No nível nacional temos compromisso já firmado, o partido não volta atrás. Fechamos compromisso com a presidenta Dilma sem barganha de cargos, investindo no projeto futuro. Não existe essa hipótese”, garantiu em entrevista à imprensa na 65ª Reunião Geral da Frente Nacional de Prefeitos.

Aécio afirmou hoje, em Belo Horizonte, que Meirelles é um nome “extremamente qualificado”, mas que só seria vice em sua chapa se o PSD não apoiar a reeleição de Dilma.

O prefeito de São Bernardo do Campo, na região do ABC, Luiz Marinho (PT), também declarou que não há chance de Meirelles compor a chapa com Aécio, e do ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab ser vice de Alckmin em São Paulo, especulação que tem circulado em São Paulo. “Aposto uma cerveja (que não). Isso é papo furado de parte da mídia, de quem quer criar notícia. Vão se realizar as convenções, vamos ter isso (especulações) toda semana. Com certeza, o PSD continua na aliança da presidenta Dilma. No estado de São Paulo estamos discutindo. Vamos ver se Kassab vai ser candidato, se não, com quem vai compor. Com certeza, não é com o PSDB”, garantiu Marinho.

Afif lembrou que não pode ser candidato a vice na chapa do governador Geraldo alckmin (PSDB) em São Paulo. “Hoje ocupo o cargo de ministro e não me desincompatibilizei. Não posso ser candidato.” Porém, Afif disse que uma decisão sobre a questão paulista depende de Kassab, o cacique do PSD. “Em política você sempre está em função das circunstâncias. É uma decisão mais do Kassab do que do partido como um todo. O partido deve apoiar a decisão dele. Não sei qual é”, disse.

Afif ironizou a pretensão do PSDB de ter o vice na chapa para a disputa do Palácio do Planalto das fileiras do PSD. “É engraçado que, agora, estejam convidando o PSD para ser vice. Eles trabalharam contra a criação do PSD”, afirmou o vice-governador paulista. “Em segundo lugar, não houve divergência pessoal com o governador (Geraldo Alckmin), houve uma divergência do governo com a criação do PSD.”

Segundo Afif, as eleições nos estados independem do apoio definitivo do PSD a Dilma. “As conversações mostram que o PSD foi fiel aos compromissos dos fundadores do partido nos estados. Em Pernambuco, o partido foi apoiado pelo governador Eduardo Campos (PSB); no Paraná, pelo governador Beto Richa (PSDB); em Goiás, pelo Marcondes Perillo (PSDB). É natural que os arranjos locais sejam pela reeleição desses governadores, sem embargo do apoio à presidenta Dilma”, garantiu.

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