Quarto poder

Jornais ‘atacam interesses nacionais’, diz Feijóo

Assessor especial da Secretaria-Geral da Presidência da República e presidente da UGT concordam que mídia 'macula' temas sindicais e trabalhistas

Divulgação/CUT

“É fundamental fazer o enfrentamento da comunicação”, diz assessor da Secretaria-Geral da Presidência

São Paulo – O assessor especial da Secretaria-Geral da Presidência da República, José Lopez Feijóo, destaca como “fundamental” o diálogo das entidades sindicais para esclarecer os trabalhadores sobre os papéis da imprensa comercial. “É fundamental a capacidade de comunicar e dialogar com as categorias e fazer o enfrentamento da comunicação. Se olharmos os jornais, eles são capazes de querer nos convencer de que precarizar é melhor para o trabalhador”, diz. Para ele, jornais exercem papel deturpador ao tratar de questões trabalhistas e sindicais

“Hoje o movimento sindical é maculado pela grande mídia e pela área empresarial, que tentam colocar para a sociedade a não necessidade do sindicato”, aponta Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores. “Mas cada vez a atividade sindical se torna mais importante, haja vista os aumentos salariais acima da inflação em mais de 90% dos acordos”, acrescenta.

A opinião da mídia se confunde com a da oposição na defesa do neoliberalismo, na opinião de Feijóo, como mostra, em particular, a abordagem feita no caso da Petrobras. “O modelo neoliberal não quer política industrial, uma das coisas que a Petrobras faz. Basta ver o setor naval, que foi recuperado nos últimos 12 anos, deixando de fazer lanchinha e bote para fazer plataformas e navios. Mas no embate o modelo neoliberal diz que não, que a Petrobras deve comprar onde for mais barato, como se todo esse conjunto de empregos, a produção nacional, os impostos que proporciona, a apropriação de tecnologia, não fossem de interesse da nação brasileira”, diz o assessor da Secretaria-Geral da Presidência.

Segundo Feijóo, o cenário impõe um desafio muito forte: o de enfrentar o debate da comunicação. “Tentam convencer de que o que é nacional não é bom, atacam os interesses nacionais e defendem uma política de privatização sem fronteiras, querendo entregar as poucas riquezas nacionais que ainda estão  sob controle  do povo brasileiro.”