Eleições 2014

Eduardo Campos diz que PSB paulista ‘sabe o que é melhor para São Paulo’

Ex-governador de Pernambuco nega problemas com Marina Silva e afirma que debate sobre posição do partido na eleição estadual no maior colégio eleitoral do país 'tem data' para acabar

Danilo Verpa/Folhapress

Ex-governador negou problemas na relação do PSB com a Rede de Marina: ‘De forma nenhuma’

São Paulo – O ex-governador de Pernambuco e pré-candidato à presidência da República pelo PSB, Eduardo Campos, disse hoje (13), na capital paulista, que não há mudanças de estratégia nos rumos de sua campanha e desconversou sobre divergências internas sobre a eleição paulista e também a de Minas. “Quem vai saber (o que é melhor para São Paulo) são os companheiros de São Paulo”, disse, ao comentar a posição do seu partido e a possibilidade de a legenda ter candidato próprio ao governo paulista. Segundo ele, o debate interno é “natural” e tem prazo determinado. “A data para terminar é a das convenções. Cada estado está debatendo intensamente. Os que já resolveram, ótimo. Nos que ainda não resolveram, o debate prossegue”, explicou.

No maior colégio eleitoral do país, o deputado federal e presidente da legenda no estado, Márcio França, é ambíguo. “Estamos defendendo que os partidos tenham independência, mas vamos cumprir aquilo que a Executiva Nacional determinar”, despistou, ao responder como está a relação com a Rede Sustentabilidade em São Paulo. Na semana passada, o PSB elaborou um documento cujo propósito é a adesão à candidatura do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) à reeleição.

No texto, o partido defende que “o PSB/SP fique liberado para seguir sua estratégia anteriormente traçada: de apoio à candidatura de Geraldo Alckmin ao governo do estado de São Paulo”.

A Rede Sustentabilidade de Marina Silva respondeu dizendo que a solução não é sua “opção preferencial”. Campos negou que haja crise ou problemas na relação com Marina. “De forma nenhuma”, respondeu, ao ser questionado.

França já se colocou à disposição para uma eventual chapa com Alckmin, na qual seria vice, mas a solução foi vetada por Marina, pré-candidata na chapa de Campos, após a aliança da Rede com o PSB. A tese da aliança com Alckmin voltou a ganhar força com o manifesto.

Campos negou que a declaração de Marina, na semana passada, segundo a qual Aécio “cheira derrota”, indica mudança de estratégia de campanha. “De maneira nenhuma. Ela fez como tantas pessoas fazem, em função de um dado da realidade. As últimas três eleições foram para o segundo turno PT e PSDB, e o PT saiu vitorioso. Somente isso”, observou.

Em Minas Gerais, onde o PSB poderia apoiar Pimenta da Veiga, candidato tucano ao governo estadual, o partido de Campos já trabalha com a alternativa da candidatura própria, que seria a do deputado federal Júlio Delgado.

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