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Pesquisa mostra queda de Dilma em aprovação e intenção de votos

Presidenta tem 37% das intenções de voto, contra 21,6% de Aécio Neves e 11,8% de Eduardo Campos, segundo sondagem encomendada pela Confederação Nacional dos Transportes

Roberto Stuckert Filho/Planalto

A aprovação pessoal de Dilma está em 47,9%, ao passo que a desaprovação fica em 46,1%

São Paulo – Pesquisa divulgada hoje (27) pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) mostra queda da presidenta Dilma Rousseff nos índices de aprovação e de intenção de votos. O percentual dos que consideram o governo bom ou ótimo caiu de 36,4% para 32,9% entre fevereiro e abril, segundo a sondagem feita pelo instituto MDA, enquanto a avaliação negativa aumentou de 24,8% para 30,6% e a regular diminuiu de 37,9% para 35,9%.

Caiu também a aprovação pessoal da presidenta, de 55% para 47,9%, ao passo que a desaprovação foi de 41% para 46,1%. Este é o nível mais baixo desde o começo do mandato de Dilma, em 2011, superando os índices detectados depois das manifestações de junho do ano passado, quando cresceu a reprovação da população contra políticos em geral.

Em relação à preferência da forma de atuar do próximo presidente, 39,5% expressaram o desejo de que ocorra uma mudança “total”, e 29,2% entendem que é preciso alterar algumas ações, enquanto 6,9% preferem que seja mantida na íntegra a atual forma de administrar o Executivo federal e 21,2% desejam que se mantenha na maior parte o modo de governar.

Houve mudanças pouco expressivas no que diz respeito às áreas que despertam maior preocupação entre os brasileiros. Saúde caiu de 84,4% para 79,9%, educação ficou em 47,4%, segurança teve aumento de 35,1% para 37,7% e emprego passou de 10,7% a 12,4%. As questões sobre economia revelam que 46,2% entendem que a inflação vai crescer muito este ano, enquanto 34,3% avaliam que a economia não vai crescer.

Na área de saúde, 63,2% entendem que os profissionais do programa Mais Médicos estão capacitados para atender à população e 74,8% apoiam a iniciativa do Ministério da Saúde. Aumentou de 13% para 25,2% o índice dos que acreditam que o projeto cumpre totalmente seu objetivo, frente a 34,7% que entendem que as metas estão sendo cumpridas em parte e 24% que acreditam que não estão sendo alcançados os objetivos. Ao todo, 19,4% dos entrevistados conhecem alguém que foi bem atendido no Mais Médicos, 3,1% dizem conhecer alguém que não foi bem atendido e 72,1% não conhecem nenhum caso de atendimento.

Eleições

No quadro eleitoral de outubro, Dilma continua à frente em qualquer cenário. A petista tem 37% das intenções de voto, contra 21,6% do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e 11,8% do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB). Em fevereiro, eles apareciam com 43,7%, 17% e 9,9%, respectivamente. Os que dizem querer votar em branco ou nulo chega a 20% e 9,6% afirmam não saber em quem votar.

Nas simulações de segundo turno, Dilma bate Aécio por 39,2% a 29,3% dos votos totais – em fevereiro os percentuais eram de 46,6% e 23,4%. Contra Campos, ela chega a 41,3% contra 24%, frente a patamares anteriores de 48,6% e 18%, respectivamente.

As sondagens de limites de voto também apresentaram oscilações. O índice de quem afirma não votar em Dilma “de jeito nenhum” foi de 37,3% para 43,1%. Os que dizem que só votariam em Dilma chegam a 23,2% e 29,4% afirmam “poder votar” nela. Em relação a Aécio, 11,9% garantem ser este o único em quem votariam, frente a 33% que poderiam votar, 32,4% que não votariam de jeito nenhum e 16,6% que não o conhecem. No caso de Campos estes índices são de 6,1%, 29,3%, 29,9% e 29,2%, respectivamente.

O MDA entrevistou 2.002 pessoas entre os últimos dias 20 e 25 em 24 unidades de federação.

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