Panes

Falhas paralisam trecho privatizado do Metrô de São Paulo pela segunda vez em 15 dias

Consórcio que administra Linha 4-Amarela afirma que falhas de sinalização e, depois, problemas com trem levaram ao fechamento de estações e evacuação de passageiros

Marcelo Alves/Techimage/Folhapress

Passageiros se amontoam em plataforma da Linha 4-Amarela, ano passado: falhas se acumulam

São Paulo – Único trecho privatizado do Metrô de São Paulo, a Linha 4-Amarela apresentou na manhã de hoje (18) um problema de sinalização que paralisou a circulação dos trens em todas as estações por pelo menos 45 minutos. De acordo com o consórcio Via Quatro, que administra a linha, a falha ocorreu por volta das 9h35. O serviço começaria a ser normalizado às 10h.

Logo depois, porém, ainda segundo a Via Quatro, uma composição apresentaria problemas entre as estações Oscar Freire (que ainda não está em operação) e Paulista, na zona oeste da capital. Os passageiros foram obrigados a descer. O usuário que ligasse ao serviço de atendimento ao cliente da Linha 4-Amarela às 10h40 receberia a informação de que a operação já estava normalizada em todas as estações.

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Procurada pela RBA para esclarecer a natureza das falhas, a assessoria de imprensa da Via Quatro informou que ainda não tinha detalhes técnicos sobre o incidente. Portanto, até o fechamento desta matéria, ainda não havia uma versão oficial sobre quê tipo de pane de sinalização paralisou a via, nem sobre qual defeito inviabilizou a operação do trem na estação Paulista.

É a segunda paralisação ocorrida na Linha 4-Amarela em duas semanas. No último dia 4 de fevereiro, as estações Luz e República ficaram inoperantes por mais de uma hora, a partir das 14h, devido a uma “falha no sistema elétrico de tração”. Não houve informações adicionais. No mesmo dia, o Metrô de São Paulo viveu seu maior dia de caos nos últimos anos, quando uma sucessão de falhas, iniciada na estação Sé, às 18h18, inviabilizou a circulação de trens por cinco horas.

Além de ser a única privatizada, a Linha 4-Amarela é a única da malha metroviária paulista cujos trens circulam sem condutor, pois são operados remotamente pela sala de controle. Crítico do sistema, conhecido como driverless, por entender que acarreta riscos para a segurança de trabalhadores e passageiros, o Sindicato dos Metroviários de São Paulo não consegue atuar junto aos empregados da Via Quatro. Pelo mesmo motivo, a entidade tem dificuldade para se informar sobre falhas.

A Linha 4-Amarela liga as estações Luz, no centro de São Paulo, e Butantã, na zona oeste, sendo a responsável pela integração de três outras linhas do sistema metroviário paulistano: 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha. Passa ainda por duas estações da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM): Luz e Pinheiros. De acordo com o consórcio Via Quatro, transporta em média 700 mil passageiros por dia.

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