Procurador-geral da República vê indício forte de propina em São Paulo
Afirmação está em documento enviado no início de janeiro ao ministro Marco Aurélio Mello, relator do processo no STF, decorrente de delação feita por diretor da Siemens a autoridades
Publicado 18/01/2014 - 11h07
São Paulo – O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, vê “fortes indícios de existência do esquema de pagamento de propina pela multinacional alemã Siemens a agentes públicos vinculados ao Metrô de São Paulo”. A afirmação está em parecer enviado ao Supremo Tribunal Federal no último dia 7 de janeiro.
O documento foi enviado ao ministro Marco Aurélio Mello, relator do inquérito 3815, que apura ação de cartel no setor de trens e metrô em São Paulo entre 1998 e 2008 – gestões de Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra, todos governadores do PSDB. Janot pede ainda que o magistrado envie à Procuradoria Geral da República o depoimento do ex-diretor da Siemens Everton Rheinheimer, único elemento que justifica a manutenção do caso no Supremo por citar envolvimento de quatro deputados federais, que têm foro privilegiado, com o cartel.
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Em delação premiada, Rheinheimer acusa de receberem propina os hoje secretários estaduais e deputados federais licenciados Edson Aparecido (PSDB), José Aníbal (PSDB) e Rodrigo Garcia (DEM), assim como o deputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP).
As informações foram publicadas hoje pelos jornais O Estado de S. Paulo e Folha de S.Paulo