Análise

Dilma quer reverter regressão de investimento e má vontade empresarial

Para o analista político Paulo Vannuchi, presença da presidenta no Fórum Econômico Mundial é um gesto em busca de melhorar a relação 'azeda' entre governo e investidores brasileiros e estrangeiros

São Paulo – O jornalista e cientista político Paulo Vannuchi disse hoje (24), em seu comentário diário na Rádio Brasil Atual, que a ida da presidenta Dilma Rousseff ao Fórum Econômico Social em Davos, na Suíça, é um investimento na confiança do empresariado.

Vannuchi observa que o Brasil segue chamando a atenção do mundo por desfrutar de estabilidade econômica e ao mesmo tempo promover programas consistentes de distribuição de renda e inclusão social. Destacou ainda que os investimentos públicos e os resultantes de parcerias público-privadas têm ajudado a assegurar esse êxito do país na área econômica, mas que os investimentos exclusivamente privados regrediram, o que fez acender o sinal amarelo do governo: “Dilma está indo lá e para atrair investimentos e tentar superar o clima azedo que se instaurou ano passado na relação entre o governo e os investidores brasileiros e estrangeiros”, acredita.

O  jornalista destaca intervenções feitas por representantes brasileiros em Davos criam um ambiente ainda mais favorável à presença de Dilma. Uma delas, de um dos principais acionistas do banco Itaú, Ricardo Villela, que anunciou que “75% dos brasileiros estarão na classe média no fim de 2016”. Outra do ministro Marcelo Neri, da Secretaria de Assuntos Estratégicos: “Marcelo Neri que é um intelectual de carreira no Ipea, e que historicamente foi muito mais próximo dos tucanos do que do PT, lembrou que com Lula e Dilma 54 milhões de brasileiros subiram para a classe média”.

Segundo Vannuchi, essas declarações criam um ambiente favorável a ser aproveitado pela presidenta no fórum.


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