Na Argentina

Lula reafirma alianças do PT e diz que Dilma não precisa temer adversários em 2014

Em entrevista a jornal de Buenos Aires, ex-presidente afirma que Dilma tem todas as condições para ser reeleita e que, sem reforma política, alianças são necessárias para governar

Ricardo Stuckert/Instituto Lula

Lula reunido com líderes do PMDB na última semana: “Não seria desejável governar sem alianças”

São Paulo – Em entrevista exclusiva publicada hoje (14) pelo diário argentino Página12, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que Dilma Rousseff não tem razões para temer nenhum de seus adversários nas próximas eleições – nem mesmo Marina Silva, recém-ingressada no PSB. E voltou a elogiar a “aliança de centro-esquerda” forjada pelo PT nos últimos dez anos como “necessária” para governar o Brasil.

“Devemos respeitar todos os adversários, mas, para ser sincero, acredito que a presidenta Dilma Rousseff tem todas as condições para ser reeleita”, afirmou Lula ao repórter Martín Granovsky, em São Paulo, antes de embarcar para Buenos Aires, onde participa de um seminário empresarial. Para o petista, as vantagens de Dilma estão no crescimento do país, na geração de empregos e na inclusão social, que, aponta, continuam em ascensão. “É a pessoa mais preparada para garantir que não haja retrocessos. Não há motivos para que tema qualquer adversário.”

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Questionado sobre o desgaste que tem sido provocado pela ampla aliança mantida pelo governo nos estados e no Congresso, inclusive com setores do ruralismo e parlamentares evangélicos que em vários momentos jogam contra o Planalto, Lula afirmou que não há outra maneira de administrar “um país tão diverso e complexo como o Brasil” sem essa concertação política. E aproveitou para criticar o sistema partidário brasileiro, ressaltando a necessidade de uma reforma do sistema eleitoral.

“Temos mais de 30 partidos. O eleitor pode escolher o presidente da República de um partido e os deputados e senadores de outro. Não há voto em lista. O voto é no indivíduo, que ainda por cima não está obrigado a permanecer no partido pelo qual foi eleito”, enumerou Lula. “Se não fizermos a reforma política, ninguém no Brasil conseguirá governar sem alianças. De todas as formas, na minha opinião, também não seria desejável governar sem elas. Foi com as alianças que o país alcançou suas enormes conquistas econômicas, sociais e culturais.”

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