Eleições 2014

‘Marina nunca quis discutir plano B’, diz Sirkis sobre expectativa de decisão do TSE

Membros da Rede Sustentabilidade, da ex-ministra do Meio Ambiente, aguardam julgamento do tribunal, que terá mais três sessões antes do dia 5, prazo final para a obtenção do registro

Sérgio Lima/Folhapress

Se não conseguir registro da Rede até o dia 5, Marina Silva se verá em uma encruzilhada

São Paulo – O deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ), um dos parlamentares mais atuantes na organização do Rede Sustentabilidade, o partido de Marina Silva, diz que nem as lideranças do partido nem a ex-ministra do Meio Ambiente consideram um plano B para o caso de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não conceder o registro da legenda. “Não se discutiu plano B até agora. Marina nunca quis discutir plano B e continua não querendo”, diz Sirkis.

O tribunal, em Brasília, realizará apenas mais três sessões até o próximo dia 5 de outubro, um ano antes das eleições de 2014, quando se encerra o prazo para qualquer novo partido obter o documento oficial da Justiça Eleitoral e poder participar do pleito. “Por enquanto não tem nenhuma novidade. Agora é aguardar para ver o que vai acontecer no TSE. Não tenho informações novas”, acrescenta o parlamentar.

As últimas três sessões da Corte serão nesta terça (1°), quarta (2) e quinta-feira (3). Na prática, de acordo com informações da assessoria de imprensa do TSE, o processo do partido de Marina terá mais duas sessões, já que a relatora do processo da Rede, ministra Laurita Vaz, remeteu os autos ao Ministério Público Eleitoral (MPE) no final da tarde de hoje (30).

O MPE tem 24 horas para se manifestar a partir do recebimento do processo. A partir daí, o caso do partido de Marina poderá finalmente entrar na pauta e ser definido pelos sete ministros responsáveis pelo julgamento. O pedido da Rede não está na pauta desta terça, mas deve entrar na quarta ou na quinta.

A legenda diz que já tem, até esta segunda-feira, 470 mil assinaturas validadas, o que a coloca muito perto de conseguir o registro, para o qual a legislação exige 492 mil adesões. O partido alega que teve 95 mil assinaturas invalidadas “sem justificativa”.

Fora Sirkis, outras lideranças que migram para a Rede aguardam a decisão do TSE para oficializar a saída de suas atuais legendas, entre os quais os deputados Domingos Dutra (PT-MA) e Walter Feldman (PSDB-SP) e a ex-petista e atual vereadora pelo PSOL em Maceió Heloisa Helena.

Se a Rede conseguir o registro, esses e outros parlamentares que conseguir atrair poderão levar consigo o tempo de TV a que têm direito. Em junho de 2012, o Supremo Tribunal Federal estabeleceu a regra que permite que novas legendas possam incorporar o tempo dos deputados que migram de outros partidos. O entendimento beneficiou o recém-criado PSD do então prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.

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