Prefeito tucano de Taubaté é cassado por fraude em licitação e desvio de dinheiro
Prefeito de cidade paulista teria se beneficiado de esquema montado pelo pai em órgão da educação do governo Geraldo Alckmin (PSDB)
Publicado 20/08/2013 - 14h18
São Paulo – A Justiça Eleitoral cassou o mandato do prefeito de Taubaté, Ortiz Junior (PSDB), por desvio de dinheiro público para favorecer sua campanha em 2012, segundo a sentença da juíza Sueli Zeraik.
Segundo investigação do Ministério Público, anterior ao período eleitoral, Ortiz Junior participou de um esquema de fraudes em compras de mochilas escolares cuja origem era a Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE) – presidida na época por seu pai, Bernardo Ortiz. Muito ligado ao governador Geraldo Alckmin, Bernardo Ortiz foi afastado do cargo quando as denúncias vieram à tona.
“Todas as irregularidades apontadas teriam sido perpetradas objetivando favorecer a então futura campanha eleitoral do Sr. Ortiz Junior, através da utilização indevida da máquina estatal, ou seja, de recursos pertencentes a Fundação para o Desenvolvimento da Educação de São Paulo, cuja presidência era então exercida por seu genitor, o Sr. José Bernardo Ortiz”, diz trecho da decisão.
“Seguramente, não há como deixar de reconhecer que Ortiz Junior se valeu da referida instituição pública para obter vantagem indevida e utilizá-la em sua campanha, tendo sido agente facilitador da participação, em certame licitatório, de empresas previamente conluiadas com o fim de fraudar licitação mediante promessa de comissão, destinada a constituir recurso para a posterior campanha política”, diz outro trecho.
A arrecadação ilegal para a campanha de Ortz Júnior teria chegado a R$ 8 milhões.
A assessoria do prefeito cassado informou que irá recorrer e que a decisão em primeira instância tem efeito suspensivo, sem afastamento imediato do cargo.
Com agências