Pesquisa CNT/MDA

Aprovação do governo Dilma Rousseff cai e chega a 31,3%

Pesquisa realizada no início de julho mostra também que a avaliação negativa do governo subiu de 9% para 29,5%

Roberto Stuckert Filho/PR

Avaliação positiva do governo de Dilma Rousseff registra queda, no rastro das manifestações populares de junho

São Paulo – A aprovação do governo da presidenta Dilma Rousseff (PT) registrou queda de 22,9 pontos segundo pesquisa divulgada hoje (16) pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) em parceria com o instituto MDA. O governo hoje é avaliado como “ótimo” ou “bom” por 31,3% da população, uma forte queda em relação aos 54,2% registrados na pesquisa anterior, divulgada no início de junho, antes das manifestações que sacudiram o país. A avaliação negativa do governo subiu de 9% para 29,5% na mesma comparação.

O desempenho pessoal da presidenta foi avaliado como positivo por 49,3% dos entrevistados. O dado também mostra queda, em comparação a última pesquisa quando o percentual foi de 73,7%. No total, 47,3% desaprovam a atuação da presidenta, contra 20,4% dos entrevistados em junho.

A pesquisa registra que a queda na avaliação da atuação da presidenta Dilma ocorre após as manifestações públicas realizadas por todo o país “as quais foram motivadas, principalmente, por insatisfação elevada com a qualidade dos serviços públicos, gastos com a Copa do Mundo e com a corrupção”, diz o texto.

A pesquisa ouviu 2.002 mil pessoas, em 134 municípios de 20 estados, entre os últimos dias 7 e 10. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.

Corrupção, saúde e reforma política

A pesquisa CNT/MDA questionou também a população sobre as manifestações de rua que varreram o país durante o mês de junho. Os protestos foram aprovados por 84,3% dos entrevistados desaprovados por 13,9%. A participação nas manifestações foi confirmada por 11,9%. Não participaram, mas têm intenção de participar 29,6%. Não participaram e não têm desejo de participar 58%.

Sobre as reivindicações mais importantes, 40,3% dos entrevistados consideram o fim da corrupção. Em segundo lugar, estão melhorias na saúde, com 24,6%. Em seguida, reforma política, com 16,5%, melhorias na educação, 7,8%, melhorias no transporte público, 4,6%, e, por último, melhorias na segurança, com 3,7%.

Na mesma linha, 55% dos entrevistados veem a insatisfação com a corrupção como o maior motivo das manifestações de junho, seguida pela insatisfação com os serviços de saúde (47,2%), gastos da Copa do Mundo (43,7%), preços e a qualidade do transporte público (30,8%) e a qualidade da educação (30,5%).

Sobre a vinda de médicos estrangeiros para atuar nas regiões mais pobres do Brasil, 49,7% são a favor, 47,4% são contra.

Cerca de 30,7% classificaram como negativa a atuação da presidenta diante dos protestos e 24,6% avaliaram como positiva. Em relação à resposta do Congresso, 10,3% acharam positiva e 46,7% negativa.

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