No Palácio

Governador até quinta-feira, Afif se reúne com homens fortes de Alckmin

Enquanto isso, na Assembleia Legislativa, expectativa é pela entrega do relatório do deputado Cauê Macris sobre cassação

Eliana Rodrigues/ Governo de São Paulo

Afif assumiu para Geraldo Alckmin poder viajar à França

São Paulo – O governador de São Paulo em exercício, Guilherme Afif Domingos (PSD), se reuniu no final da tarde e início da noite de hoje (10) com vários secretários de estado do titular do Palácio dos Bandeirantes, Geraldo Alckmin (PSDB). Na reunião, estavam presentes inclusive homens fortes do governador, como os secretários da Casa Civil, Edson Aparecido, e da Fazenda, Andrea Calabi, além do assessor especial João Carlos Meirelles.

Também participaram o secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, o procurador-geral do Estado, Elival da Silva Ramos, e o secretário-executivo do Conselho Gestor das Parcerias Público Privadas, Pedro Benvenuto. Oficialmente, a reunião discutiria aspectos técnicos e jurídicos para esclarecer empresas quanto à Linha 6 do metrô, que vai ligar a Vila Brasilândia (zona norte) ao centro da capital.

Em decisão publicada sexta-feira (7) no Diário Oficial, a presidenta Dilma Rousseff exonerou Afif do cargo de ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa para que ele pudesse assumir o cargo de vice-governador em exercício de São Paulo no lugar de Alckmin, que viajou para a França. Segundo a assessoria de Afif, ele não vai falar de política antes de deixar o governo, na próxima quinta-feira.

Enquanto isso, na Assembleia Legislativa, a expectativa é pela entrega do parecer do deputado Cauê Macris (PSDB), nomeado relator do pedido de cassação de Afif, protocolado por Carlos Giannazi (Psol). Macris disse a interlocutores que entregaria o relatório amanhã (11). Segundo a presidenta da Comissão de Constituição e Justiça, deputada Maria Lúcia Amary (PSDB), Macris não confirmou ainda se entregará o parecer. Como o prazo foi prorrogado, ele tem mais uma semana, até dia 18.

“Só posso ter certeza quando ele efetivamente entregar. Ele entregando, vamos analisar a admissibilidade. O mais provável é convocar uma sessão extraordinária para poder votar”, diz a deputada. Mas, num primeiro momento, a comissão deve analisar apenas a questão da admissibilidade.Na última quinta (6), o procurador-geral de Justiça de São Paulo, Márcio Fernando Elias Rosa, manifestou-se pela “inadmissibilidade” de Afif acumular os cargos de vice-governador e ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa do governo federal.