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‘PSD tem grande tendência a apoiar Dilma em 2014’, diz Afif ao assumir ministério

Em coletiva em Brasília, vice-governador de São Paulo nega ilegalidade no acúmulo de cargos em Brasília e no governo paulista

©Joel Rodrigues/Frame/Folhapress

“Eu não sirvo a dois senhores, sirvo a uma causa”, disse Afif, ao tomar posse na Secretaria da Micro e Pequena Empresa

São Paulo – O ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, afirmou hoje (9), após sua posse em Brasília, que seu partido, o PSD, tem grande tendência a apoiar a reeleição da presidenta Dilma no ano que vem.

Fundado em 2010 com forte viés governista em todos os níveis, o PSD mantinha um discurso de “independência” em relação ao governo federal. Embora a nova postura coincida com a oferta de um ministério ao partido, Afif disse que o provável apoio em 2014 não se dá em troca de cargos.

Durante entrevista coletiva, o novo ministro sofreu questionamentos sobre o fato de não ter deixado o cargo de vice-governador em São Paulo para assumir uma pasta no governo da presidenta Dilma Rousseff, acumulando funções em gestões do PT e do PSDB. “Eu não sirvo a dois senhores, sirvo a uma causa”, respondeu.

Na terça-feira (9), o deputado estadual Carlos Giannazi (Psol) – que entrou no Ministério Público paulista com um pedido de perda do cargo de vice-governador de Afif – havia dito à RBA que Afif “serve a dois senhores, ao PT e ao PSDB ao mesmo tempo, além do Kassab”.

Na coletiva, o ministro disse considerar graves as propostas de tirá-lo do cargo em São Paulo, seja por pedidos judiciais, seja por tentativas de impeachment. “Um vice-governador é eleito. Sendo eleito, não se licencia. Isso é grave”, afirmou. “Todo mundo sabe das minhas condições jurídicas. Fui eleito e a legislação não proíbe”, declarou.

Afif afirmou que a representação de Giannazi “é política de quem não está satisfeito”. Ele disse também que se não houver decisão judicial, nada indica que tem de renunciar.

Prioridades

Afif disse na coletiva que sua atuação na Secretaria da Micro e Pequena Empresa será no sentido do que for pedido pela presidenta. Segundo ele, a prioridade de sua gestão será facilitar a atuação de micro e pequenas empresas que encontram dificuldades burocráticas tanto para o processo de abertura quanto de fechamento. Prometeu esforço conjunto com os governos do estado de São Paulo e do prefeito Fernando Haddad (PT), na capital paulista, para ter respostas rápidas às demandas das empresas.

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