advertência por escrito

Câmara de São Paulo aprova projeto que acaba com multa de rodízio, mas Haddad deve vetar

Proposta de vereadores oposicionistas teve apoio de parte da base aliada

Antônio Cruz/ABr

Para os vereadores da oposição, a arrecadação municipal com multas de trânsito é expressiva e cresceu nos últimos quatro anos, o que criaria na população o sentimento de criação de uma “indústria da multa”

São Paulo – A Câmara de São Paulo aprovou ontem (14) , em segunda votação, projeto que troca a multa do rodízio (R$ 83) por uma advertência por escrito. De autoria do vereador Mario Covas Neto (PSDB), o projeto teve apoio de parte da bancada de apoio do governo, mas o prefeito Fernando Haddad (PT) deverá vetá-lo.

Para os vereadores da oposição, a arrecadação municipal com multas de trânsito é expressiva e teve crescimento nos últimos quatro anos, o que criaria na população o sentimento de que a prefeitura criou uma “indústria da multa”. A maior parte dos vereadores que hoje estão na oposição fez parte da base de apoio dos ex-prefeitos Gilberto Kassab (PSD) e José Serra (PSDB).

No projeto, a multa para os motoristas flagrados trafegando com seus veículos na região do chamado centro expandido nos horários do rodízio (das 7h às 10h e das 17h às 20h), sem antecedente nesta infração nos 12 meses anteriores, será trocada por uma advertência por escrito. Na primeira votação, segundo o líder do governo na Câmara, Arselino Tatto (PT), foi negociada a aprovação do projeto de Covas Neto na Câmara, mas não a sanção do prefeito.

A Câmara também aprovou ontem a criação da Agência São de Desenvolvimento (ADE Sampa), que será responsável pela gestão da política de microcrédito e geração de emprego e renda da prefeitura.