Câmara de São Paulo aprova projeto que acaba com multa de rodízio, mas Haddad deve vetar
Proposta de vereadores oposicionistas teve apoio de parte da base aliada
Publicado 15/05/2013 - 11h34
Para os vereadores da oposição, a arrecadação municipal com multas de trânsito é expressiva e cresceu nos últimos quatro anos, o que criaria na população o sentimento de criação de uma “indústria da multa”
São Paulo – A Câmara de São Paulo aprovou ontem (14) , em segunda votação, projeto que troca a multa do rodízio (R$ 83) por uma advertência por escrito. De autoria do vereador Mario Covas Neto (PSDB), o projeto teve apoio de parte da bancada de apoio do governo, mas o prefeito Fernando Haddad (PT) deverá vetá-lo.
Para os vereadores da oposição, a arrecadação municipal com multas de trânsito é expressiva e teve crescimento nos últimos quatro anos, o que criaria na população o sentimento de que a prefeitura criou uma “indústria da multa”. A maior parte dos vereadores que hoje estão na oposição fez parte da base de apoio dos ex-prefeitos Gilberto Kassab (PSD) e José Serra (PSDB).
No projeto, a multa para os motoristas flagrados trafegando com seus veículos na região do chamado centro expandido nos horários do rodízio (das 7h às 10h e das 17h às 20h), sem antecedente nesta infração nos 12 meses anteriores, será trocada por uma advertência por escrito. Na primeira votação, segundo o líder do governo na Câmara, Arselino Tatto (PT), foi negociada a aprovação do projeto de Covas Neto na Câmara, mas não a sanção do prefeito.
A Câmara também aprovou ontem a criação da Agência São de Desenvolvimento (ADE Sampa), que será responsável pela gestão da política de microcrédito e geração de emprego e renda da prefeitura.