‘Cada macaco no seu galho’, diz Lula sobre briga entre STF e Congresso

Ex-presidente também afirma, ao tomar vacina contra a gripe em São Bernardo do Campo, que a conquista do governo de São Paulo 'nunca esteve tão próxima do PT'

Lula toma vacina em posto de saúde de São Bernardo (Foto: Henrich Aikawa/IL)

São Paulo – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse ontem (2) em São Bernardo que não vê crise de poderes nas frequentes disputas públicas entre o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal federal (STF).

“Não tem crise. Fico vendo as notícias e não sei onde está a crise”, afirmou. As notícias a que Lula se referiu são sobre o recente embate entre legislativo e judiciário em torno de duas quetões: a proposta que subteme ao Congresso as decisões do STF em matérias constitucionais, admitida pela CCJ da Câmara; o projeto que proíbe a transferência do fundo partidário e do tempo de TV no caso de deputados que mudarem de legenda durante o mandato, aprovado pelos deputados, mas barrado pelo Supremo quando chegou ao Senado.

“Eu acho que, se o Congresso cumprir com sua função e o Supremo cumprir com a sua função, nós ficaremos em paz. O importante é cada macaco no seu galho”, concluiu Lula durante entrevista aos jornalistas num posto de saúde da cidade, onde ele e Dona Marisa foram tomare vacina contra gripe.

Eleições 2014

Lula também falou sobre a disputa do governo do estado de São Paulo em 2014. Ele evitou declarar sua preferência, mas surpreendeu ao dizer que o ministro da Educação, Aloizio Mercandante, continua no páreo como pré-candidato petista. Na semana passada, o próprio Mercandante havia afirmado que não tinha mais intenção de concorrer.

“Não acho que seja definitiva a retirada do nome do Mercadante. É muito cedo para definir o quadro de uma eleição em São Paulo”, disse o ex-presidente, ao lado do prefeito de São Bernardo Luiz Marinho, também apontado como pré-candidato petista.

Lula ressaltou que a escolha será feita em debate interno no partido. Outros nomes apontados são os dos ministros Alexandre Padilha (Saúde) e José Eduardo Cardozo (Justiça). O ex-presidente falou, ainda, da importância de se “formar uma bela aliança política” para o PT vencer a disputa em São Paulo, citando o PMDB, o PSD de Gilberto Kassab e o PRB.

“Estou convencido de que ganhar o governo de São Paulo nunca esteve tão próximo do PT como agora. Mas é muito cedo para a gente definir o quadro da eleição em São Paulo. O debate sobre candidatura no PT ainda vai demorar um pouco”, disse Lula. E completou. “Os tucanos não têm mais novidade. Se a gente souber escolher o candidato certo, temos chances”.

Com informações do jornal ABCD Maior e agências

Leia também

Últimas notícias