São Paulo – O secretário estadual de Saúde de São Paulo, Giovanni Guido Cerri, afirmou hoje (26) que há “uma articulação mais próxima do município e estado” agora, sob administração do petista Fernando Haddad, do que na gestão anterior de Gilberto Kassab (PSD) para realizar parcerias no atendimento a dependentes químicos. “Mudou, sem dúvida. É uma articulação mais próxima do município e do estado dentro de um projeto da necessidade de expansão ao dependente químico”, afirmou Cerri.

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito Fernando Haddad selaram hoje um acordo de atuação conjunta. O governo estadual irá transferir para a gestão municipal 100 leitos para internação de dependentes, e a prefeitura, usando recursos federais, irá ampliar de 40 para 240 o número de leitos em Centros de Atendimento Psicossocial Álcool e Drogas (CAPs AD). O secretário atribuiu a facilidade do governo municipal em acessar recursos à intensificação das parcerias em nível estadual.

“Esses recursos da dependência química, principalmente da atenção primária, são recursos que vão para o município, principalmente para o financiamento dos consultórios de rua, a questão do CAPs”, afirmou Cerri.

Desde janeiro de 2012, o governo estadual tem tomado a iniciativa em relação ao assunto, principalmente nas questões relacionadas à chamada cracolândia, na região da Luz, no centro da capital, mas nenhuma delas surtiu o resultado esperado.

O antecessor de Haddad foi vice de José Serra (PSDB), correligionário do governador Geraldo Alckmin, e ascendeu à prefeitura pela primeira vez em 2006 quando Serra renunciou para se candidatar ao governo do estado. Em 2008, Kassab disputou a eleição à prefeitura da capital, pelo DEM, e tinha Alckmin como um de seus adversários. Na ocasião, muitos vereadores tucanos preferiram dar apoio à candidatura do DEM. Em 2011, Kassab fundou o PSD e atraiu vários deputados da base de Alckmin, mas sempre se manteve próximo a Serra.