Propaganda eleitoral de vereadores em SP começa com propostas vagas

São Paulo — Começou hoje (21) o horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão, para os candidatos a vereador nas eleições municipais de 2012. No caso de São Paulo, […]

São Paulo — Começou hoje (21) o horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão, para os candidatos a vereador nas eleições municipais de 2012. No caso de São Paulo, com poucas diferenças entre si, os partidos mostraram que apostam em um discurso de renovação e na ideia geral de melhorar a cidade, sem apontar claramente os problemas que pretendem abordar. Consenso é a falta de quem defenda a atual gestão, do prefeito Gilberto Kassab (PSD). Já a multiplicação de “novos Tiriricas”, esperada depois do sucesso do artista na eleição para deputado federal em 2010, não predominou, embora existam candidatos caricatos, como Marquito, do Programa do Ratinho, e os de apelo popular, como Manoel Tio dos Doces e Vagner do Repúdio à Faixa, e o ex-jogador Dinei.

Os partidos considerados mais fortes apostaram em temas diversos. O PMDB, de Gabriel Chalita, apontou principalmente para saúde e educação, sobretudo a questão do ensino integral. O PDT direcionou o programa para a principal proposta apresentada até agora pelo candidato Paulinho da Força, a realocação do emprego nas periferias da cidade. O PPS falou principalmente de violência, embora o mote de campanha de sua candidata a prefeita, Soninha Francine, costume ser a mobilidade urbana.

O programa eleitoral do PT, de Fernando Haddad, apresentou o discurso mais objetivo. Em formato de telejornal, pautado na questão do transporte coletivo, mostrou moradores de bairros das periferias de São Paulo denunciando situações como ônibus superlotados, corredores travados, tempos longos de deslocamento, entre outras. Os candidatos a vereador apresentados discursaram de forma geral sobre tópicos do programa do PT para o transporte público e a mobilidade urbana na capital.

O PSDB e sua base de apoio (PSD, DEM e outros) apostou no discurso da continuidade, mas sem mencionar Kassab, falando de forma vaga em melhorias para a cidade e na ampliação da urbanização de favelas. Já o PSOL abriu sua campanha pelo discurso da ética, enquanto o PSTU falou dos casos Cachoeira e do julgamento do chamado mensalão, com a perspectiva de igualar o PT ao PSDB. Por seu turno, o PCO declarou que não apresentaria candidatos a vereador e denunciou a eleição como jogo do capital burguês contra os trabalhadores.

Também marcaram presença os já veteranos de disputas eleitorais em São Paulo, José Maria Eymael (PSC) e Levi Fidélix (PRTB), cujos candidatos a vereador declararam apenas seus respectivos apoios à corrida de ambos à prefeitura.

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