Lula: Brasil conquistou o direito ao baile, mas EUA insistem em não nos convidar

O ex-presidente disse que vai defender a candidatura de Eduardo Paes com “muito mais convicção” que em 2008 (Foto: Ricardo Stuckert. Instituto Lula) São Paulo – O ex-presidente Luiz Inácio […]

O ex-presidente disse que vai defender a candidatura de Eduardo Paes com “muito mais convicção” que em 2008 (Foto: Ricardo Stuckert. Instituto Lula)

São Paulo – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a postura das nações mais ricas em relação ao combate à crise econômica e cobrou a inclusão do Brasil nos processos decisórios. Durante ato ontem (6) no Rio de Janeiro ao lado do prefeito Eduardo Paes e do governador Sérgio Cabral, ele lamentou que a última conversa entre os líderes do G8, grupo das antigas nações de maior economia mundial, tenha se dado sem a participação brasileira.

“Mesmo quando a gente conquista o direito de participar do baile, eles não nos convidam. Não é fácil ser da América do Sul, como não é fácil ser da periferia de alguma cidade”, disse, acrescentando que é preciso lembrar o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que o Brasil está entre as sete maiores economias do mundo, à frente de nações “falidas” como França e Itália. “Nem a China tem a segurança de crescimento que o Brasil tem até 2020.”

O discurso foi realizado durante a inauguração do primeiro corredor exclusivo para ônibus no Rio de Janeiro, uma das obras voltadas à melhoria da mobilidade urbana com vistas à Copa de 2014 e à Olimpíada de 2016. Lula aproveitou ainda para elogiar a nova geração de políticos que, segundo ele, tem mais preocupação com as camadas pobres da sociedade, e lembrou os ganhos para a população da boa relação entre os governos federal, estadual e municipal. “Acabou o tempo em que os governantes só gostavam de governar na rua dos ricos, no bairro dos ricos”, afirmou. “Tem gente que acha que pobre só gosta de pé de frango. Não. A gente gosta de peito de frango também.”

Lula lembrou o começo da relação com Cabral, do PMDB, marcada por desconfiança, mas que avançou graças à integração de esforços. Ele recordou que quando recebeu o pedido do governador para que apoiasse Eduardo Paes na eleição para a prefeitura do Rio, também teve certa resistência à ideia. “Confesso a vocês que por não conhecer eu tinha dúvida. Mas fui convencido pelo Sérgio Cabral que deveria acreditar na figura. Hoje posso dizer a vocês que valeu a pena apoiar Eduardo Paes”, acrescentou. “Vou apoiar agora, em 2012, com muito mais convicção.”

 

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