Pedido de ‘CPI da Privataria’ chega à Câmara nesta quarta, diz Protógenes

Nomes dos deputados que assinaram pedidos são mantidos em sigilo para evitar pressão sobre deputados, o que 'atrapalharia tudo em vez de ajudar'

São Paulo – O deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) promete entregar ainda na manhã de quarta-feira (21) ao presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), o requerimento para que a Casa instale a CPI da Privataria. O pedido é voltado a apurar as denúncias contidas no livro “A Privataria Tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Jr.

Protógenes garante que a lista de apoio à iniciativa ultrapassa com folga o mínimo de 171 assinaturas exigidas pela Constituição. Na relação figuram nomes até do próprio PSDB. Mas o parlamentar prefere não antecipar nomes. “Isso só provocaria mais pressão sobre os deputados, haveria muito barulho da imprensa e atrapalharia tudo, em vez de ajudar”, defende.

Amaury Ribeiro Júnior participa de um lançamento da obra na noite desta quarta-feira, em São Paulo. No livro, ele descreve e enumera evidências de lavagem de dinheiro, corrupção e desvio de recursos públicos cometidos por pessoas ligadas ao PSDB durante as privatizações de empresas estatais, no período do governo Fernando Henrique Cardoso. Ricardo Sérgio de Oliveira, – ex-diretor da área internacional do Banco do Brasil e ex-caixa de campanhas eleitorais do PSDB – e  parentes do ex-governador José Serra (PSDB) estão entre os principais acusados.

Segundo a assessoria de gabinete de Protógenes, a lista com os nomes que apoiarão as investigações será divulgada logo depois de o requerimento ser oficialmente entregue à presidência da Câmara. O deputado garante que Marco Maia está comprometido com a instalação imediata da comissão, que no entanto só deverá efetivamente iniciar seus trabalhos a partir de fevereiro de 2012, após o recesso parlamentar.

Queiroz afirmou que passaria boa parte desta terça-feira (20) angariando novas assinaturas ao requerimento de sua autoria. “A expectativa é positiva, há um grande incômodo entre os deputados por conta dos relatos e da farta documentação do livro do Amaury e muitos querem que os fatos sejam apurados.”

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