Manobra da base de Alckmin atrapalha investigação sobre Pinheirinho

Deputados durante reunião do Conselho de Ética (Foto: Divulgação site Alesp) São Paulo – O deputado estadual Ari Fossen (PSDB) utilizou-se de uma manobra nesta quarta-feira (8) para impedir que […]

Deputados durante reunião do Conselho de Ética (Foto: Divulgação site Alesp)

São Paulo – O deputado estadual Ari Fossen (PSDB) utilizou-se de uma manobra nesta quarta-feira (8) para impedir que os comandantes da operação de reintegração de posse do Pinheirinho, em São José dos Campos, no interior paulista, fossem à Assembleia Legislativa explicar os abusos cometidos com famílias que ocupavam o terreno.

O requerimento pedindo a convocação do coronel da Polícia Militar Manoel Messias e de Fábio Cesnik, delegado responsável pela Delegacia Seccional de São José dos Campos, foi protocolado pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alesp, deputado Adriano Diogo (PT). Ari Fossen pediu vistas ao requerimento, excluindo-o temporariamente da pauta.

O petista questiona os comandantes sobre as razões pelas quais a reintegração foi conduzida com tamanha violência e ainda por que alguma informações, como o número de feridos, foram escondidas da população. Na próxima reunião da Comissão, marcada para terça-feira (14), os temas serão novamente inseridos na pauta.

CPI

Em paralelo aos trabalhos na Comissão de Direitos Humanos, o PT está colhendo assinaturas para instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) a fim de apurar os excessos cometidos pela polícia no Pinheirinho. De acordo com o deputado Marco Aurélio (PT), autor do requerimento, faltam apenas cinco parlamentares apoiarem a iniciativa para se chegar às 32 assinaturas necessárias para a instalação.

A Rede Brasil Atual noticiou nesta terça-feira (7) que o governo tem alertado sua base para não colaborar com a CPI. Marco Aurélio relatou que alguns deputados concordam com as investigações. No entanto, temem uma represália do executivo.

Entenda o caso

A decisão da juíza Marcia Loureiro que viabilizou a reintegração de posse do terreno passou por cima de liminar da Justiça Federal, que suspendia a ação de reintegração por 15 dias. Acreditava-se que um acordo estaria próximo de acontecer, uma vez que deputados estaduais, senadores e governo federal articulavam uma solução sem confrontos.

O juiz auxiliar do TJ Rodrigo Capez cassou todas as liminares impetradas pelos movimentos sociais. A ação ocorreu na madrugada de 22 de janeiro e contou com efetivo de 2 mil policiais militares, inclusive da Tropa de Choque. De acordo com o deputado estadual Marco Aurélio (PT), foram gastos aproximados R$ 103 milhões na operação. O terreno pertencia à massa falida das empresas do especulador Naji Nahas.

Informações liderança PT