São Paulo – O PSDB reafirmou que a escolha do candidato da legenda para concorrer à prefeitura paulistana sairá da disputa entre os pré-candidatos – as chamadas prévias. A diretriz é um  novo sinal ao ex-governador José Serra, caso este decida impor sua candidatura,  como fez no pleito presidencial de 2010.

A garantia de que o nome tucano à sucessão de Gilberto Kassab (PSD) será resultado da votação dos militantes do partido foi feita no segundo debate entre os quatro pré-candidatos já declarados do PSDB – Andrea Matarazzo (secretário de Cultura), Bruno Covas (ecretário de Meio Ambiente), José Aníbal (Energia) e Ricardo Trípoli (deputado federal), na noite da segunda-feira (16). O encontro foi organizado numa faculdade da zona sul da cidade.

O partido, aliás, já tem data para as prévias, segundo seu presidente do diretório municipal, Julio Semeghini, que também é secretário estadual de Planejamento e Desenvolvimento Regional. “Há um compromisso total, dos diretórios municipal, estadual e nacional de que nossas previas para escolher o nosso candidato a prefeito de São Paulo sejam no dia 4 de março”, afirmou o dirigente.

Semeghini também ressaltou que uma eventual candidatura de José Serra terá necessariamente de passar pelo crivo da militância tucana em São Paulo. “Haverá prévias nos 58 zonais, ou seja, todos (os militantes filiados) poderão escolher. Caso Serra queira entrar na disputa, poderá disputar as prévias”, explicou, negando a possibilidade de o ex-candidato a presidente orientar seu grupo de simpatizantes a tentar inviabilizar as disputas internas.

Pedro Tobias, presidente do diretório estadual do PSDB e deputado estadual, festejou o fato de o partido optar pela via democrática para escolher seu candidato para as próximas eleições majoritárias em São Paulo. “Prévias, discussões, planos para a cidade. Isso é democracia. Pela primeira vez, os candidatos serão escolhidos pelas mãos dos militantes, da gente mais humilde do partido.”

Incerto

Nos bastidores do debate, porém, circulava a informação de que Serra pretende, sim, se lançar candidato a prefeito da capita paulista, sem cogitar se submeter ao debate com os demais correligionários. O ex-governador e ex-prefeito tem, segundo o cronograma tucano, até 4 de fevereiro para se manifestar.