Kassab deixa caminho aberto para aderir ao governo federal após 2014

Sobre corrida em São Paulo, prefeito não fecha portas a PT nem a PSDB e diz que seu partido não tem interesse na disputa

São Paulo – O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, deixou caminho aberto nesta quarta-feira (25) para que seu partido, o PSD, firme uma aliança com a administração federal eleita em 2014. Após celebrações pelo aniversário da capital paulista, o fundador da nova sigla indicou que se manterá independente no plano federal até a corrida eleitoral pela sucessão – ou reeleição – de Dilma Rousseff. “Até 2014, no plano nacional nós teremos a nossa independência. Em 2014 o partido evidentemente terá definido o seu rumo. A partir daí iremos participar do processo de administração do país.”

Criado no último ano, o PSD atraiu políticos enfraquecidos na oposição ao governo federal e descontentes de várias siglas. Inicialmente, o partido diz promover apoio crítico à gestão de Dilma Rousseff e, com a grande base conquistada na Câmara, passou a ter força nas votações do Legislativo. Até agora, porém, Kassab vem recusando especulações sobre a aceitação de um ministério a ser controlado pela legenda.

Quanto à corrida eleitoral deste ano em São Paulo, o prefeito novamente evitou fechar portas a qualquer possibilidade. Nesta quarta, recebeu na sede da administração municipal a presidenta Dilma (PT), o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o vice-presidente Michel Temer (PMDB).

Ele voltou a defender a candidatura própria do PSD em torno do vice-governador Guilherme Afif Domingos, mas indicou que o partido pode ainda não ter as condições de lançar uma chapa em São Paulo, o que não lhe permite dispensar a possibilidade de coligações com PT ou PSDB. “Vamos analisar com muita cautela, com muita transparência para que a opinião pública tenha a certeza de que o que estará sendo discutido é o futuro de São Paulo, e não o futuro do partido. O partido não tem qualquer interesse nessas eleições.”

Inicialmente, Kassab tinha a intenção de apoiar o PSDB, mas a recusa do ex-governador José Serra em encabeçar a chapa o levou a propor que os tucanos escolhessem o vice de Afif. A intenção do partido de Alckmin de ter um candidato próprio, porém, levou o prefeito a negociar com o PT para ter direito à vice na chapa de Fernando Haddad, ex-ministro da Educação.

 

Leia também

Últimas notícias