Com presença de Lula, Dilma emociona-se na despedida de Haddad

Dilma fez questão de reiterar elogios ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), alvo de críticas da oposição (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR) São Paulo – A troca de comando nos […]

Dilma fez questão de reiterar elogios ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), alvo de críticas da oposição (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

São Paulo – A troca de comando nos ministérios da Educação (MEC) e da Ciência e Tecnologia dividiu as atenções com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele acompanhou a cerimônia realizada nesta terça-feira (24) no Palácio do Planalto e foi homenageado durante o discurso de sua sucessora, a presidenta Dilma Rousseff. Ela chegou a se emocionar ao falar do trabalho de Fernando Haddad, que deixa o MEC para dedicar-se à pré-campanha à prefeitura de São Paulo, nas eleições de outubro.

Aloizio Mercadante, que ocupava a pasta de Ciência e Tecnologia, assume o comando da Educação. Para sua vaga, Marco Antonio Raupp tomou posse. “Lamento muito não poder contar mais com ele (Haddad), mas podem saber que o Mercadante estará à altura”, disse Dilma. Ela afirmou ter ficado emocionada com a saída, mas disse se inspirar em Lula ao dizer que “chorar não faz mal a ninguém”.

Dilma fez questão de reiterar elogios ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), alvo de críticas da oposição. Na véspera, ao participar de ato que marcou a bolsa de número 1 milhão no Universidade para Todos (ProUni), ela já havia defendido a prova aplicada a estudantes do ensino médio. “Como eu posso garantir o acesso democrático à Universidade, ao ProUni, ao Ciência sem fronteira, sem o Enem? Isso mostra a importância do programa”, defendeu.

Para a presidenta, erros isolados são comuns em qualquer ação. “Projeto é que nem criança, se você não acompanhar ele não melhora, temos que melhorar o que está errado. Nenhum de nós é soberbo de achar que o projeto nasce perfeito. Temos que reconhecer e melhorar”, disse.  Ela disse que, ao defender o Enem, ela elogiava, por consequência, outras ações do ministério, como o ProUni, a Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) e o Ciência Sem Fronteiras.

Haddad ressaltou o trabalho “apaixonante” realizado no MEC e destacou a escolha de Mercadante para assumir seu posto. “Deixo o ministério  nas mãos de uma pessoa de extrema competência”, disse. Ele também elogiou a condução “firme e feminina” de Dilma a frente da presidência e se mostrou confiante quanto ao futuro. “Sob seu comando, estamos tranquilos de que vamos avançar ainda mais”, destacou.

Mercadante deixou conselhos ao novo titular da pasta, Marco Antonio Raupp, que garantiu um trabalho realizado em união com o Ministério da Educação. “Meu dever é fazer a roda girar em ritmo acelerado. Não venho para explicar, venho para fazer as coisas acontecerem”, disse o novo ministro. Ele também citou o programa Ciência sem Fronteiras, que prevê bolsas de estudo a universitários em universidades de outros países, como uma peça fundamental de seu trabalho.

Dilma ainda declarou total confiança nas novos cargos e pregou um trabalho conjunto. Sabemos o que significa a educação e a ciência na trajetória do nosso governo. “O grande instrumento de construção do futuro desse país passa por ampliarmos a qualidade da educação e que o Brasil seja capaz de produzir ciência e tecnologia”, teorizou.

Lula

Sem discursar nem conversar com a imprensa, o ex-presidente chegou ao Palácio do Planalto ovacionado por ministros e integrantes do governo. Sentado ao lado de Dilma, Lula recebeu elogios e agradecimentos dos novos ministros e do pré-candidato petista à prefeitura paulistana. “Eu penso que a educação é o grande legado do nosso governo. O legado que nós temos que garantir a todos os brasileiros, indistintamente”, disse Haddad, que foi ministro de Lula desde 2005.

O ex-presidente ainda recebeu os créditos pelo sucesso do ProUni. “Ontem nós comemoramos mais de 1 milhão de bolsas concedidas no ProUni. Lamento que essa cerimônia não tenha tido lugar hoje, porque quem tinha que comemorar isso era o presidente Lula, grande responsável”, disse Dilma.

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