Lula receberá prêmio nos Estados Unidos por programas de combate à miséria

Instituto destaca redução de pessoas passando fome e em situação de pobreza extrema

O instituto WorldWatch pontuou que a luta de Lula no combate à fome durante a presidência é o que justifica a premiação (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom. Agência Brasil. Arquivo)

São Paulo – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva viaja nesta quarta-feira (12) para os Estados Unidos, onde receberá um prêmio (World Food Prize) por sua contribuição no combate à fome e à pobreza. A cerimônia, que ocorrerá no estado de Iowa, é concedida desde 1994 pelo instituto Worldwatch, em reconhecimento a gestores e líderes que incentivaram iniciativas em prol do aumento da qualidade e da quantidade de alimentos em todo o mundo, contribuindo para a segurança alimentar. Este ano, receberão o prêmio Lula e o ex-presidente da Gana John Agyekum Kufuor. A cerimônia será realizada durante conferência que começa na quarta (12) e termina sexta-feira (14).

O instituto destaca que uma das preocupações do governo Lula foi proporcionar maior inclusão dos pobres na sociedade, a fim de assegurar que “cada brasileiro tenha condições de comer três vezes ao dia”. Assim, foram postas em prática políticas e ações conhecidas como Programa Fome Zero, entre outras iniciativas. “Em consequência, o número de famintos no Brasil caiu pela metade, e a parcela de brasileiros vivendo em condições de extrema pobreza caiu de 12% em 2003 para 4,8% em 2009”, destaca o Worldwatch, em comunicado.

“Como se prevê que a população global atinja 7 bilhões até o final deste mês, é cada vez mais importante que a segurança alimentar seja uma prioridade cada vez maior em cada país”, declarou o diretor-executivo do instituto, Robert Engelman. Para ele, líderes como Kufuor e Lula mostram que a política e ação governamental podem reduzir a fome. As oportunidades de fazer o mesmo em todo o mundo são imensas.”

A diretora de Nutrição do Worldwatch, Danielle Nierenberg, destacou a importância de priorizar políticas agrícolas ao lembrar que “existem mais de 1 bilhão de pessoas passando fome no mundo, quando os preços dos alimentos são altos e cada vez mais voláteis”.

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