Pré-candidata, Marta lembra que também pegou cidade abandonada quando foi prefeita

Senadora Marta Suplicy diz que já foi vítima de preconceito dos paulistanos contra o PT

Marta garantiu que a única forma de tirá-la do senado será concorrendo à prefeitura de São Paulo (Foto: Geraldo Magela / Agência Senado)

São Paulo – Em meio a uma disputa interna no PT para definir o candidato que representará o partido em 2012 nas eleições para a prefeitura de São Paulo, a ex-prefeita e atual senadora Marta Suplicy falou com a Rede Brasil Atual sobre os problemas mais graves vividos pela cidade e lembrou que quando comandou a capital, o abandono e a desconfiança da população eram semelhantes à atual realidade.

Classificando o sistema de transportes como o problema mais urgente do município, Marta afirmou que a única forma de tirá-la do senado seria concorrendo à prefeitura de São Paulo.

Os pré-candidatos que concorrem a candidatura com Marta são: deputado federal Carlos Zarattini, seu colega de Câmara Jilmar Tatto, o senador Eduardo Suplicy, o ministro da Educação e favorito de Lula, Fernando Haddad.

Vale lembrar que em uma pesquisa Datafolha feita há 3 semanas pela Folha de São Paulo, Marta apareceu em primeira na preferência popular, com 29% da intenções de voto, a ex-prefeita aparece mais de 10 pontos percentuais à frente do segundo colocado, José Serra (PSDB), Haddad aparece apenas com 2% das intenções de voto.

Confira abaixo a íntegra da entrevista com a senadora Marta Suplicy:

Rede Brasil Atual: Por que voltar a se candidatar para a prefeitura de São Paulo?
Marta Suplicy: Me candidatar à prefeitura de São Paulo seria a única coisa que me tiraria do Senado, pela paixão que tenho pela minha cidade, e por ver o descaminho que eu vejo acontecendo, além da vontade enorme de poder resgatar e implementar novos projetos para a cidade com a experiência que já tenho.

RBA: O que há de mais urgente para se mudar ou melhorar em São Paulo nesse momento?
M.S.: Transporte

RBA: Muitos paulistanos estão desacreditados quanto a um futuro positivo para São Paulo. É possível enxergar uma luz no fim do túnel?
M.S.: Eu acredito que sim, quando eu peguei a cidade depois da gestão Pitta/Maluf o prazer de viver em São Paulo era baixíssimo. Eu lembro que quando comemoramos os 450 anos da capital (2004), essa avaliação era altíssima. Isso foi feito com um orçamento de aproximadamente R$ 13 bilhões, e com esse dinheiro conseguimos deixar marcas importantíssimas. Hoje o orçamento da cidade é pouco mais de R$ 35 bilhões e não tem uma marca, a cidade está completamente largada.

RBA: O que o PT fez de errado nas gestões ou campanhas anteriores para não conseguir se reeleger?
M.S.: Durante os quatro em que fui prefeita, sofri uma campanha violentíssima contra, que nada tinha a ver com a minha gestão, tinha a ver com a possibilidade de eleger o Lula presidente em 2002, e depois com ele já presidente, o temor de ele fazer uma bom governo. São Paulo sempre foi uma cidade com um preconceito muito grande contra o PT e eu fui vítima disso.

RBA: Como a senhora avalia a possibilidade de apoio do atual prefeito Gilberto Kassab em um eventual segundo turno?
M.S.: A campanha do PT deve ser feita em contraponto ao abandono da cidade, e ele é o atual prefeito.

 

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