Lançada pré-candidata à prefeitura, Marta quer nome capaz de bater Serra em SP

Senadora manda recado ao ministro Fernando Haddad: momento não permite 'voluntarismo'

São Paulo – A senadora Marta Suplicy (PT-SP) diz considerar lançada sua pré-candidatura à eleição municipal na capital paulista. A ex-prefeita sustenta que o processo de escolha do nome petista para a disputa não envolve “voluntarismo”, mas análise de quem teria mais força na cidade para “agregar e ganhar do (José) Serra” – virtual candidato do PSDB, na visão de Marta.

Durante cerimônia de posse da direção do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, o secretário de Finanças da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, e o deputado estadual Luis Cláudio Marcolino (PT-SP) defenderam que Marta seja a candidata do PT à sucessão de Gilberto Kassab (ex-DEM, rumo ao PSD). Ambos exaltaram os feitos da gestão da atual senadora, entre 2001 e 2004, quando perdeu a reeleição justamente para Serra.

“Fui lançada pelo Vagner (Freitas) e pelo (Luiz Cláudio) Marcolino. Foi uma surpresa”, declarou Marta. “É uma manifestação de apoio por quem fez uma obra na cidade e que tem uma avaliação muito boa como ex-prefeita.”

Embora afirme não estar fazendo qualquer articulação para bancar sua candidatura, ela defendeu que a discussão “muitas vezes independe da vontade da pessoa”. “Tem de esperar o processo, não adianta dizer que vai ser fulano, ou que quero que seja aquele. É algo que se desenrola. E o que é natural é o que acaba dando certo”, defende.

Além de Marta, outros nomes petistas são cotados, como os dos ministros de Ciência e Tecnologia, Aloízio Mercadante,  e de Educação, Fernando Haddad. Outras figuras correm por fora, com menos força e à espera de eventuais desistências.

Haddad deu declarações a O Estado de S.Paulo manifestando “apreço” à movimentação em torno de sua candidatura. A respeito dessa possibilidade, Marta mandou um recado: “Ele entra no processo e a conjuntura vai determinar a candidatura mais forte na eleição mais importante do país”.

A senadora acredita que, no momento, não adianta ser “voluntarista”, porque o amadurecimento do debate é que define a escolha do partido. Antes, ela havia declarado disposição para enfrentar Serra em uma “revanche” de 2004, quando foi batida pelo tucano.

Apesar de o nome do ex-prefeito, ex-governador e candidato segundo colocado na eleição presidencial de 2010 ser dado como certo por Marta na disputa, o PSDB ainda não fez sua definição. Figuras como o deputado federal Ricardo Trípoli e o secretário de Cultura do estado, Andrea Matarazzo, já se declararam dispostos a concorrer.

No PCdoB, o vereador Netinho de Paula coloca-se como pré-candidato. Recém-chegado ao PMDB, o deputado federal Gabriel Chalita também é nome cotado. Além deles, Soninha Francine, quinta colocada nas eleições municipais paulistanas de 2008, já mostrou interesse de voltar à disputa, novamente pelo PPS.