Após quatro anos da morte do avô, ACM Neto busca aliança com todos, menos o PT

Deputado ACM Neto coloca-se como pré-candidato à prefeitura de Salvador em 2012

ACM Neto disse que não tem como separar sua atuação política do seu avô (Foto: Rodolfo Stuckert/Agência Câmara)

São Paulo – Há exatamente quatro anos morria Antonio Carlos Magalhães, um ícone da política baiana. Herdeiro de seu legado, o democrata ACM Neto tenta ocupar parte do espaço e da importância do avô. Pré-candidato na disputa à prefeitura de Salvador em 2012, ele se diz aberto a discutir alianças e a aceitar apoio de todos, menos do PT.

Como o peemedebista e ex-ministro da Integração Nacional Geddel Vieira Lima tem um passado recente de atritos com o atual governador baiano, Jaques Wagner (PT), a possibilidade de aproximação entre o PMDB e o DEM existe. Nesta quarta-feira (20), foi motivo de especulações a possibilidade de um acordo envolvendo duas capitais – São Paulo e Salvador – com os deputados Gabriel Chalita (PMDB) e ACM Neto como cabeças de chapa em cada um dos municípios, acompanhados por candidatos a vice da outra legenda.

O deputado disse à Rede Brasil Atual que a candidatura ainda não está decidida, no entanto seu nome “é um dos colocados para a disputa dentro do partido”. ACM Neto ainda assegurou que nas pesquisas internas o seu nome aparece em primeiro lugar. Sobre a possibilidade de acerto envolvendo a disputa paulistana, o deputado baiano negou a informação. “A política não é feita na base do ‘toma lá dá cá’”, rechaçou.

Mesmo considerando o PMDB um potencial “grande aliado”, ACM Neto tratou de incluir outros partidos importantes como alvo de aproximação: “PSDB, PR, PPS, e todos os partidos que fazem oposição ao PT”. Para o deputado, a única coligação impossível é com a legenda de Jaques Wagner.

Legado

Ao lembrar da morte do avô, ACM Neto observou que o legado político do senador e governador da Bahia estará sempre personificado em sua figura. ”Não tem como separar minha atuação política da dele”, disse.

Nas últimas eleições municipais, o deputado não conseguiu sequer chegar ao segundo turno. Mesmo assim, ele avalia que saiu vitorioso da disputa, por ser a primeira vez em que se candidatava ao cargo. O atual prefeito de Salvador, João Henrique (eleito pelo PMDB, atualmente no PP), está em seu segundo mandato e não poderá disputar a reeleição.

Adversário político histórico da família Magalhães, o governador baiano tem avaliação positiva no interior e negativa na capital, onde se concentra o maior contingente de eleitores.

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