Na posse de ministros, Dilma descarta separação entre técnicos e políticos

Dilma Rousseff dá posse a novos ministros da equipe de governo (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR) São Paulo – Durante a cerimônia de posse dos ministros Ideli Salvatti e Luiz Sérgio, […]

Dilma Rousseff dá posse a novos ministros da equipe de governo (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

São Paulo – Durante a cerimônia de posse dos ministros Ideli Salvatti e Luiz Sérgio, respectivamente na Secretaria de Relações Institucionais e na Pesca e Aquicultura, a presidenta Dilma Rousseff deixou claro que gestão eficiente e decisões políticas caminham juntas. Com a declaração nesta segunda-feira (13), em Brasília, ela tenta afastar a ideia de que a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, terá apenas funções de coordenação, sem atribuições de articulação política.

“Do meu ponto de vista, não existe dicotomia entre governo técnico e político”, avisou. “Valorizo muito a capacidade técnica e a gestão eficiente (…). Simultaneamente, tenho a convicção que as decisões políticas constituem a base das decisões governamentais”, afirmou Dilma. A presidenta acredita que, para alcançar um padrão de desenvolvimento elevado, é necessário uma administração eficiente pelo governo, com “absorção das técnicas mais avançadas disponíveis”.

Dilma prosseguiu: “A importância que meu governo atribui à atividade política se reflete na compreensão de que a continuidade das grandes transformações necessárias ao desenvolvimento econômico e social do Brasil só podem nascer da negociação, da articulação de interesses e da nossa capacidade de identificar afinidades e convergências onde à primeira vista parece existir só conflito e diferença”.

Gleisi assumiu a vaga ocupada por Antonio Palocci, demissionário por causa do desgaste político provocado pela revelação de que seu patrimônio cresceu 20 vezes nos últimos 20 anos. Por ter uma formação ligada à gestão pública e trajetória política mais breve e até levando em conta o tom de seu discurso de posse, a avaliação de analistas políticos foi de que a articulação ficaria mais a cargo de Ideli ou da própria Dilma.

Além da avaliação sobre o papel da Casa Civil, há ainda queixas relacionadas à distância mantida por outros ministérios e pela própria Presidência da República em relação aos parlamentares.

Conciliadora

Dilma Rousseff adotou um tom de aproximação com os partidos que compõem a coalisão de governo. Dilma convocou os partidos da base para “trabalharem juntos”.

“Para trilhar esses caminhos (do desenvolvimento) e fazer o que o país espera de nós precisamos trabalhar todos juntos. O governo não é só o Poder Executivo, mas a ampla coalisão que soubemos pactuar e que representa, antes de mais nada, o povo que nos elegeu”, disse a presidenta 

Política fiscal compatível

Dilma ainda afirmou que a política fiscal e monetária do país é compatível com o crescimento e a geração de empregos. Segundo a presidenta, o governo atua desde o início do ano de forma determinada a manter a estabilidade econômica do país, controlar a inflação e garantir superávit primário.

“Ao mesmo tempo, essa política monetária e fiscal foi e é compatível com a garantia do crescimento e da geração de empregos”, afirmou.

Com informações da Reuters e da Agência Brasil