São Paulo – Presente no lançamento da coleção de DVDs com depoimentos sobre dificuldades enfrentadas por jornalistas na época da ditadura, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (ex-DEM, rumo ao PSD), foi alvo de vaias dos participantes. Minutos depois, durante entrevista a jornalistas, Kassab minimizou o protesto, que classificou como um “direito das pessoas”. Quando questionado sobre a motivação das vaias, o prefeito se esquivou, afirmando ser “uma manifestação no sentido de relembrar incompreensões que poderiam ter relações partidárias de médio prazo que eu não vivi”.

De acordo com o Instituto Datafolha, em março de 2011, foi registrado o maior índice de reprovação de toda a gestão do ex-democrata, iniciada em meados de 2006. Dos entrevistados, 43% consideravam o mandato como ruim ou péssimo, contra 29% que achavam boa e 27% que julgavam como regular. Foram ouvidas 1.089 pessoas entre 15 e 16 de março.

Com Dilma, sem PT paulistano

A exemplo de entrevistas anteriores, Kassab voltou a deixar em aberto a possível participação do PSD, legenda que articula desde o início do ano, na base aliada do governo Dilma. “O PSD nasce independente, com isso ele dá a liberdade para que as pessoas possam julgar e dar seu voto de acordo com suas convicções, não haverá nenhum impedimento para que dêem esse voto apoiando a aliança”, explicou.

Embora uma coligação com governo federal esteja bem perto de acontecer, em São Paulo, o prefeito afirmou que a situação é diferente. “Acho difícil isso (coligação com o PT) acontecer em São Paulo. Vamos ter o maior respeito pelas candidaturas adversárias e que vença o melhor”, ressaltou o prefeito, que praticamente descartou apoiar um candidato petista tanto no primeiro quanto no segundo turno.