Gleisi pede apoio e companheirismo a senadores

No pronunciamento de despedida, futura ministra da Casa Civil rebate crítica de ser 'trator'

Nova ministra diz defender projeto do governo de desenvolvimento econômico com inclusão social (Foto: Waldomiro Barreto/Agência Senado)

São Paulo – Em pronunciamento de despedida do Senado, a futura ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT-PR), pediu companheirismo e apoio de seus colegas durante o trabalho de articulação política no Executivo. Com um tablet em mãos para proferir seu discurso, ela negou ainda a “metáfora” de ter um estilo “trator” nas relações.

O nome da senadora foi divulgado pela presidenta Dilma Rousseff na noite de terça-feira (7). Ela substitui Antonio Palocci, que pediu demissão pelo desgaste político provocado por informações sobre enriquecimento apresentado nos últimos quatro anos.

“Gostaria de manter a convivência respeitosa que mantivemos nesta Casa”, pediu Gleisi. Na tribuna do Senado, ela agradeceu depoimentos de estímulo feitos por colegas. Ela citou líderes de partidos da base do governo, com destaque ao PT, do qual é militante, e o PMDB. E, declarando-se favorável ao diálogo, rechaçou as críticas de oposicionistas que a qualificaram como “trator”.

“Assim como a presidenta, minha caminhada tem sua razão de ser a favor do Brasil e do seu futuro”, prometeu. Aos eleitores do Paraná, ela avisou: “O afastamento do Senado não me afasta dos compromissos que assumi”.

Além de defender o estado no Congresso, Gleisi frisou que tinha como questão central a defesa do projeto da presidenta Dilma. “Sempre fui muito incisiva ao defender seu governo (…) porque acredito no projeto para o país, com um desenvolvimento econômico inclusivo”, pontuou.

Ela encerrou o pronunciamento citando versos de “Dom”, da curitibana Helena Kolody (poetisa morta em 2004): “Deus dá a todos uma estrela. Uns fazem da estrela um sol. Outros nem conseguem vê-la”.

Às 16h, Gleisi toma posse e deve fazer novo pronunciamento. Ela deve ter um perfil mais gerencial do governo e menos de articulação política. Porém, a relação com parlamentares e demandas de governadores e prefeitos deve também ocupar parte de suas atribuições.

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