Em evento da Força Sindical, Alckmin diz que valoriza mais trabalhador que o capital

Governador de São Paulo corteja sindicalistas no aniversário de 20 anos da central

Kassab, Paulinho e Alckmin: tentativa de aproximação (Foto: Daniel Marenco/Folhapress)

São Paulo – O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, foi um dos políticos do PSDB presentes na comemoração do aniversário de 20 anos da Força Sindical, na capital paulista. Ele aproveitou o evento para cortejar a central e garantir uma aproximação maior com os representantes dos trabalhadores. Ele negou, porém, que esse movimento tenha se iniciado nesta quinta-feira (24).

“Sempre procurei valorizar o mais o trabalhador do que o capital”, declarou a jornalistas. “A primeira reunião que fiz (como governador), foi em 13 de janeiro, com as centrais sindicais. O primeiro diálogo que tive foi com eles”, reforçou. A partir do exemplo, Alckmin concluiu que “sempre” manteve contato com os sindicalistas.

A referência é a um encontro com representantes da Força Sindical e da União Geral dos Trabalhadores (UGT), em que se definiram questões ligadas à Secretaria do Trabalho de São Paulo. Os sindicalistas ainda apresentaram demandas relacionadas ao salário mínimo estadual, fixado em R$ 600, apesar da reivindicação de um valor maior.

Durante a gestão anterior de Alckmin, mas principalmente na de José Serra (PSDB), foram recorrentes as críticas do movimento sindical. A principal queixa dizia respeito à falta de disposição de diálogo e de negociação com os servidores públicos de diferentes áreas.

A reunião de janeiro com as centrais e os esforços de Alckmin para aparecer junto de sindicalistas é vista como uma tentativa de aproximação do PSDB com esse setor. Aécio Neves, senador e ex-governador de Minas Gerais, também esteve presente, embora tenha evitado a imprensa. Gilberto Kassab (ex-DEM), prefeito de São Paulo, também compareceu.

Ligados ao governo federal e ao PT, o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, e o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS) prestigiaram o evento. Durante a solenidade de comemoração, o presidente da Força Sindical, o deputado federal Paulo Pereira de Silva (PDT), sentou-se à mesa entre Kassab e Alckmin.

Em 2010, cinco das seis centrais reconhecidas legalmente apoiaram Dilma Rousseff à presidência. Apenas a UGT, que abriga lideranças ligadas ao PPS e a outros partidos, não aderiu à candidatura governista.

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