Dilma exclui PDT de reunião com líderes aliados da Câmara

Presidenta abre agenda desta quinta-feira (3) com reunião com Carlos Lupi, único ministro da legenda

Luiz Sérgio minimizou a exclusão, cuja autoria foi assumida por Vaccarezza; líder do governo fez “o que a presidenta manda” (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

São Paulo – O PDT ficou de fora de uma reunião entre a presidenta Dilma Rousseff e líderes de partidos aliados ao governo na Câmara dos Deputados. O ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio, negou que seja uma retaliação, apesar de afirmar que só foram convidados os que estão totalmente alinhados com o governo.

O primeiro evento desta quinta-feira (3) da agenda de Dilma é com Carlos Lupi, ministro do Trabalho e Emprego. Ele é o único membro pedetista no primeiro escalão do governo. O tema do encontro não foi divulgado. Na terça-feira (1º), o presidente do diretório paulista da legenda, deputado federal Paulo Pereira da Silva, declarou estar insatisfeito com o PT.

Na votação do salário mínimo na Câmara, em fevereiro, nove deputados do partido apoiaram a emenda que previa um reajuste do valor para esse ano de R$ 560, R$ 15 a mais do que os R$ 545 aprovados.

“A reunião de hoje foi uma reunião em que a presidenta convidou os líderes que estão 100 por cento afinados com o governo”, disse Luiz Sérgio a jornalistas para explicar a ausência. Em seguida, se apressou em dizer que “não foi uma retaliação e que o PDT continua com o governo”.

Sem incômodo

O líder do PDT, deputado Giovanni Queiroz (PA), afirmou que não se sentiu incomodado, por considerar inadequada a participação do partido em uma reunião que celebrava a união da base aliada. “Acho que nesse caso imperou o bom senso. Não vejo problemas na falta de convite”, disse.

O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), tentou explicar de quem foi a decisão sobre a exclusão do PDT, mas não deixou muito claro. “Eu assumo toda a responsabilidade pela lista (de convidados). Mas eu só faço o que a presidente manda”, argumentou.

Nenhum dos líderes, segundo o ministro Luiz Sérgio, fez menção sobre o corte de 18 bilhões das emendas parlamentares durante a reunião.

Com informações da Reuters

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