São Paulo – A presidente Dilma Rousseff, ao participar da abertura dos trabalhos do Legislativo da legislatura 2011-2015, defendeu a continuidade de uma política macroeconômica capaz de gerar crescimento com inserção social. Ela assumiu ainda compromisso com uma política de valorização do salário mínimo, mas não especificou se isso envolveria a inclusão em lei de alguma fórmula de reajuste.

“Conforme estabelece a lei, encaminharei a política de longo prazo de reajuste do salário mínimo e trabalharei também pela manutenção de regras estáveis que garantem o poder de compra”, disse, em seu discurso nesta quarta-feira (2). Depois dela, os presidentes da Câmara, Marco Maia, do Supremo Tribunal Federal, Cesar Peluso, do Tribunal Superior Eleitoral, Ricardo Lewandowski, e do Senado, José Sarney, fizeram pronunciamentos.

O discurso de Dilma se norteou, principalmente, pela necessidade de se garantir a estabilidade econômica e o controle da inflação. “Não permitiremos que a inflação corroa o tecido econômico e penalize os mais pobres”, afirmou. Por isso, ela fez menção à garantia de ganho salarial real sobre a inflação para os trabalhadores.

Chuvas

Em destaque, Dilma reiterou a política a ser seguida de formalizar o pacto de avanço social, de erradicação da miséria e de acesso à saúde e educação. Por repetidas vezes, a presidente referiu-se à tragédia das chuvas na região serrana do Rio de Janeiro, que vitimaram mais de 800 pessoas.

A presidente reafirmou o compromisso de impedir que os impactos de tragédias naturais, como a do Rio de Janeiro, não se repitam com tamanha intensidade. Dilma foi enfática ao afimar que continuará com a política habitacional de forma ostensiva, de maneira que o programa “Minha Casa, Minha Vida”, que entrará na sua segunda etapa, chegue a todos os brasileiros, especialmente os atingidos por desastres naturais.

“Nenhum país está imune, mas, no Brasil, não poderemos deixar esperar as próximas chuvas para chorar nossas vítimas”,  afirmou a presidente.

Reformas

Dilma enfatizou a retomada da reforma política, reafirmando a necessidade de mudanças que aperfeiçoem a transparência ao conjunto do trabalho público. Sobre a reforma tributária, a presidente reconheceu o compromisso de racionalizar e modernizar a base de arrecadação, destacando como prioridade a qualidade nos gastos com dinheiro público.

Ao citar o trabalho de retomada das reformas política e tributária, a presidente foi interrompida diversas vezes pelos aplausos dos deputados e senadores.