‘Agora é resgatar, depois reconstruir’, afirma Dilma

Dilma durante reunião para tratar de medidas de apoio às regiões afetadas pelas chuvas no estado do Rio de Janeiro (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR) São Paulo – A presidente Dilma […]

Dilma durante reunião para tratar de medidas de apoio às regiões afetadas pelas chuvas no estado do Rio de Janeiro (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

São Paulo – A presidente Dilma Rousseff sobrevoou a região serrana do Rio de Janeiro e deu uma entrevista coletiva ao lado do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. Ao falar sobre o momento dramático por que passa a região, ela lembrou que estava ali para se solidarizar com as pessoas que sofrem com a tragédia. Até as 18h30, foram contabilizadas 432 mortes, no Rio. 

Dilma disse que o momento é de “minimizar o sofrimento”. “Agora é resgatar as vítimas, depois reconstruir”, afirmou a presidente, dando o aval para a cooperação necessária entre governo federal e estadual. “Ajudaremos os atingidos pelas enchentes da forma menos burocrática e mais rápida possível.”

“O governo federal está aqui cooperando, como estamos fazendo nos últimos anos, no sentido de resgatar, reconstruir e prevenir também.”

A presidente afirmou que o Governo Federal fará nas cidades atingidas pelas chuvas o que tem feito em diversas outras áreas do país onde vivem famílias em áreas de risco, Dilma disse que as pessoas desabrigadas serão relacionadas em projetos como o Minha Casa, Minha Vida. 

“Temos que ter uma política de habitação no país. A última que tivemos foi na época do BNH [Banco Nacional de Habitação]. Depois, agora no governo do presidente Lula, fizemos o Minha Casa, Minha Vida e continuarei com o Minha Casa, Minha Vida 2”, disse. 

Já o governador do Rio, Sérgio Cabral, fez um apelo para que as prefeituras proíbam a construção de casas em áreas de risco. “Aqui não pode construir. É duro dizer isso, mas tem que dizer”, afirmou.

Em Nova Friburgo, Dilma sobrevoou de helicóptero a região serrana do Rio de Janeiro e desceu no campo de futebol do Friburguense acompanhada de seis ministros e do governador do Rio, Sérgio Cabral. Ela visitou a Praça Getúlio Vargas, no centro de Nova Friburgo. A praça continua coberta de lama e lixo trazidos pela enxurrada.

Bolsa Família

Outra medida anunciada pela presidente é a da antecipação do pagamento do Bolsa Família e do aluguel social (beneficío que a família recebe para custear outra casa) aos moradores das cidades fluminenses atingidas pelas chuvas dos últimos dias.

”Nós vamos atender os desabrigados, os 5 mil, com algumas medidas. Uma delas é o aluguel social, a outra, estamos antecipando o Bolsa Família e o benefício da prestação continuada. Essa é uma ação específica para esse momento”, disse a presidenta.

“A prevenção não é uma questão de defesa civil apenas, mas também de municípios, Estados e Governo Federal”

Minas e São Paulo

Em Minas Gerais, 70 cidades estão em situação de emergência e foram registradas 16 mortes. De acordo com a Defesa Civil do Estado, quatro cidades decretaram situação de emergência: Guaraciaba, Inhapim, Maria da Fé e Itamonte. Em todo o estado, 15.630 pessoas tiveram que deixar suas casas e 2.295 estão em abrigos. O total de pessoas afetadas passa de 1 milhão.

 Em São Paulo, a população de Franco da Rocha enfrenta seu terceiro dia de inundação. O rio que corta a cidade, o Juqueri, ainda não baixou. Os moradores temem que a Sabesp aumente o volume de água liberado pela comporta da Represa Paiva Castro. O superintendente de Sabesp, Hélio Castro, foi até o local pela manhã e negou a possibilidade.

“Queremos, na verdade, diminuir [a vazão] cada vez mais. Estamos agora com 10 metros cúbicos por segundo e a ideia é chegar a 1 metro [cúbico/segundo]. Mas isso também depende do tempo. O que não podemos é deixar que a represa suba novamente. Estamos monitorando o nível da represa, do rio e a vazão que está sendo descarregada”, disse.

Castro declarou que as chuvas intensas que caíram na região no fim da noite do dia 10 e na madrugada do dia 11 deixaram o reservatório com a capacidade máxima de armazenamento.

“A represa estava ajudando a minimizar o problema. Mas a vazão do Rio Juqueri fez com que o nível da represa, que era de 46%, subisse para 96%. Em uma situação dessas não há outra coisa a fazer a não ser descarregamento [abertura das comportas para escoar a água da represa]”. Se a água ultrapassasse o limite da barragem, as consequências poderiam ser, segundo ele, “catastróficas”.

Doações

A Caixa Econômica Federal e o Bradesco anunciaram a abertura de contas correntes para receber doações em solidariedade às vítimas das chuvas na região serrana do Rio de Janeiro.

A conta aberta pela Caixa está em nome da Defesa Civil do Rio de Janeiro. Os depósitos devem ser feitos na agência 0199, conta 2011-0 e para a operação 006. Já a conta aberta pelo Bradesco é em nome do Fundo Estadual de Assistência Social. A agência para os depósitos é a de número 6570-6 e a conta é 2011-7.

Com informações da Agência Brasil

 

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