PF desmente ligação entre quebra de sigilo de tucano e pré-campanha de Dilma

São Paulo – Em nota oficial divulgada nesta quarta-feira (20), a Polícia Federal nega a existência de elo entre a equipe da pré-campanha da candidata Dilma Rousseff (PT) e a […]

São Paulo – Em nota oficial divulgada nesta quarta-feira (20), a Polícia Federal nega a existência de elo entre a equipe da pré-campanha da candidata Dilma Rousseff (PT) e a quebra de sigilo fiscal de pessoas próximas ao candidato do PSDB, José Serra.

Segundo a nota, a apuração sobre a quebra de sigilo está em fase final, com os responsáveis identificados. “A investigação identificou que a quebra de sigilo ocorreu entre setembro e outubro de 2009 e envolveu servidores da Receita Federal, despachantes e clientes que encomendavam os dados, entre eles um jornalista”, diz o documento, afirmando, em seguida, que não foi comprovada a utilização em campanha política de relatório feito com os dados violados.

A manifestação é resposta à manchete desta quarta-feira do jornal Folha de S. Paulo. Segundo a publicação, a PF teria ligado a quebra de sigilo fiscal de pessoas ligadas ao candidato à Presidência da República José Serra. Os dados da filha e do genro do candidato, Veronica Serra e Alexandre Bourgeois, e do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, teriam sido acessados por meio do despachante Dirceu Rodrigues Garcia.

Rodrigues Garcia teria feito o trabalho a pedidos do jornalista Amaury Ribeiro Jr., então contratado pelo jornal O Estado de Minas. Em abril, Amaury chegou a participar de reuniões com membros da campanha de Dilma Rousseff (PT). Segundo a reportagem da Folha, apesar do intervalo de cinco meses entre a quebra e o contato com a campanha, a PF aponta o vínculo.

“A Polícia Federal refuta qualquer tentativa de utilização de seu trabalho para fins eleitoreiros com distorção de fatos ou atribuindo a esta instituição conclusões que não correspondam aos dados da investigação”, diz a nota da instituição.