Campanha de Serra insiste em tese de agressão, apesar de imagens

Vídeo mostra flagrante do momento em que bolinha de papel atinge o candidato (Foto: Reprodução) São Paulo – A campanha do candidato à Presidência da República, José Serra (PSDB), insiste […]

Vídeo mostra flagrante do momento em que bolinha de papel atinge o candidato (Foto: Reprodução)

São Paulo – A campanha do candidato à Presidência da República, José Serra (PSDB), insiste na versão de que houve agressão em caminhada na quarta-feira (20), em Campo Grande, zona oeste do Rio de Janeiro. Imagens captadas pelo SBT mostram que se tratou de uma bolinha de papel que atingiu o candidato após confronto entre cabos eleitorais do PSDB e do PT.

O presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (21), afirmou que a legenda “não aceita isso”, referindo-se a agressões. Ele criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que comparou Serra ao goleiro chileno Rojas – que em 1989 simulou ferimento em jogo pelas eliminatórias da Copa do Mundo do ano seguinte. Guerra afirma que “todo mundo viu” a agressão e que pretende interpelar judicialmente o presidente, a quem acusou de ser “chefe de facção criminosa”.

“O presidente é responsável pela ordem pública. Como que, com ânimos acirrados, o presidente vem de cima dizendo que é mentira? Que não foi atingido como todos viram? Que não houve confusão? Que presidente é esse?”, disse Guerra, que também é coordenador da campanha tucana.

Na página oficial do candidato, uma foto sob a legenda “militantes petistas agridem Serra no Rio” é justaposta a outra, que menciona a redução da diferença entre o oposicionista e Dilma Rousseff (PT). Para descrever o acontecido na quarta, o link direciona a um vídeo com reportagem da TV Globo.

Serra mantém versão de agressão (Foto: Reprodução)

O levantamento citado é do instituto Sensus, encomendado pela Confederação Nacional dos Transportes. Pesquisas de intenção de voto divulgadas pelo Ibope e pelo Vox Populi mostram 11 e 12 pontos de diferença entre os concorrentes ao Palácio do Planalto no segundo turno. Em maio, o DEM, que compõe a coligação “O Brasil pode mais”, chegou a pedir a interdição de pesquisa eleitoral produzida pelo Sensus – em uma ação considerada inédita até então.

Indio da Costa (DEM), vice de Serra, foi além. Segundo ele, “um pacote enrolado com fita adesiva” pesando de um a dois quilos acertou a cabeça do tucano. Ele afirmou ainda que os militantes que gritavam palavras de ordem contra o tucano estavam “com muito ódio”. Apesar de manter a versão, ele descartou o registro de ocorrência contra os supostos agressores.

O tema permaneceu, desde o episódio, entre os mais comentados no Twitter. A hashtag (termo precedido pelo símbolo # que ajuda a demarcar o assunto da mensagem na rede social de microblogs) “#serrarojas” chegou a figurar entre as que mais receberam postagens de internautas. O nome lembra o goleiro chileno que simulou um corte no supercílio durante um jogo contra o Brasil pelas eliminatórias da copa de 1980, no Maracanã. Outro termo usado por críticos de Serra foi “#BolinhadePapelFacts“.

 Com informações da Reuters