Brasília – O PT e a TV Canção Nova entraram em um acordo sobre o direito de resposta que o partido exigia na Justiça Eleitoral contra um sermão veiculado pela emissora católica na manhã da última terça-feira (5). O partido contestava as declarações do padre José Augusto Moreira, que emitiu opiniões ofensivas à candidata petista à Presidência da República, Dilma Rousseff.

No acordo, o partido e a emissora chegaram a um consenso sobre o direito de resposta de oito minutos, quase metade do que o partido pedia na representação (15 minutos). “Como não se trata de uma posição editorial da concessionária, eles mesmos se prontificaram a oferecer o espaço para gravarmos o que consideramos necessário”, disse Márcio Silva, um dos advogados do PT. Segundo o advogado, agora o acordo passa pela homologação da relatora do caso, ministra Nancy Adrighi.

A representação foi ajuizada na quinta-feira (7) pela coligação e diz que “dentre outras afirmações falsas e ofensivas, de cunho difamatório e calunioso, o referido padre (José Augusto Moreira) afirma que o PT é a favor da interrupção de gestações indesejadas”.

A coligação argumenta que a Lei das Eleições impede, a partir de 1º de julho do ano da eleição, que as emissoras de televisão veiculem propaganda política ou difundam opinião favorável ou contrária a candidato, partido, coligação, a seus órgãos ou representantes, bem como dar tratamento privilegiado a candidato, partido ou coligação.