Caminhada em Copacabana neste domingo inicia agenda reforçada pró-Dilma no RJ

Carreata em Duque de Caxias na quarta foi primeiro se série de ações no estado (Foto: Roberto Stuckert Filho/Divulgação) Rio de Janeiro – A coordenação da campanha de Dilma Rousseff […]

Carreata em Duque de Caxias na quarta foi primeiro se série de ações no estado (Foto: Roberto Stuckert Filho/Divulgação)

Rio de Janeiro – A coordenação da campanha de Dilma Rousseff espera reunir neste domingo (10) milhares de pessoas na orla do Rio de Janeiro para uma caminhada em apoio à candidata do PT à Presidência da República. Com concentração marcada para 10h no Posto Seis, em Copacabana, o ato terá a presença de Dilma, do governador Sérgio Cabral e dos senadores eleitos Lindberg Farias (PT) e Marcelo Crivella (PRB), além de diversos parlamentares e dirigentes dos partidos que apoiam a petista. A presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não foi confirmada.

A intenção da coordenação de campanha é intensificar, nas próximas duas semanas, a presença de Dilma no Rio, estado onde a candidata do PV, Marina Silva, obteve 31,5% dos votos no primeiro turno. A caminhada em Copacabana será o segundo de uma série de eventos de rua que começou na quarta-feira (6) com um corpo-a-corpo no município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. No decorrer da semana, Dilma e Lula devem participar de comício no mesmo dia da entrega de apartamentos pelas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na Favela de Manguinhos, uma das maiores do Rio.

O reforço da agenda de Dilma no Rio foi decidido em dois momentos na quinta-feira (7). Durante almoço na Base Aérea do Galeão, Lula pediu a Cabral, ao vice-governador Luiz Fernando Pezão e ao prefeito do Rio, Eduardo Paes, que assumissem a tarefa de marcar pelos menos três grandes eventos para a candidata do PT no Rio até o dia 31 de outubro. O presidente também pediu a seus interlocutores que garantam o engajamento do PMDB fluminense ao lado de Dilma nesse segundo turno.

À noite, dirigentes estaduais do PT comandaram, no auditório do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea), uma plenária com cerca de 350 militantes que definiu, entre outras coisas, um cronograma de atos políticos e caminhadas em apoio à Dilma por todo o estado. “Serão eventos descentralizados, mas alguns deles contarão com a presença da própria Dilma e também do presidente Lula”, adianta à Rede Brasil Atual o presidente do PT no Rio e deputado federal reeleito Luiz Sérgio. “O governador Cabral e os parlamentares eleitos também estarão permanentemente mobilizados”, afirma.

Além de Luiz Sérgio, estiveram presentes à plenária do Crea o senador eleito Lindberg Farias, os deputados federais eleitos Benedita da Silva, Alessandro Molon e Jorge Bittar, e os deputados estaduais eleitos Carlos Minc (ex-ministro do Meio Ambiente), Inês Pandeló e Gilberto Palmares, entre outros. “A disposição da militância é total para darmos à Dilma uma expressiva vitória no Rio de Janeiro. É importante que toda a militância vá ao ato de Copacabana”, afirma Lindberg, à reportagem.

Voto evangélico

Outra preocupação do comando da campanha petista em relação ao Rio de Janeiro é reduzir o impacto da onda conservadora evangélica que tirou votos de Dilma na reta final da campanha. A avaliação de parte dos coordenadores da campanha da governista é de que, no terceiro maior colégio eleitoral do país, o impacto desse setor foi especialmente forte.

Ficou definido que o senador eleito Marcelo Crivella, integrante da Igreja Universal do Reino de Deus, e o pastor Manoel Ferreira, líder da Assembléia de Deus, liderarão o esforço para reverter as resistências à candidata do PT entre os pastores. A ex-governadora e deputada eleita Benedita da Silva também terá atuação determinante no contato com a base evangélica.

Outra peça importante na conquista dos votos evangélicos no Rio seria o ex-governador Anthony Garotinho, eleito deputado federal pelo PR como o mais votado do estado com 694,8 mil votos. Apesar de ter declarado apoio à Dilma, de quem foi companheiro de militância no PDT, Garotinho estaria magoado por ter sido impedido pela Justiça Eleitoral de disputar o governo do estado. Em 2006, quando Geraldo Alckmin (PSDB), agora governador eleito de São Paulo, disputava o segundo turno com Lula, Garotinho foi aliança preferencial.

Diante da dificuldade de diálogo do ex-governador com boa parte do PT, o escalado para tentar uma aproximação com Garotinho foi o presidente da Câmara dos Deputados e candidato a vice na chapa de Dilma, Michel Temer (PMDB). “O Garotinho pode ajudar, e não somente junto aos evangélicos, pelos quase 700 mil votos que teve no Rio”, diz Temer. O encontro com Garotinho deve acontecer nos próximos dias, mas a data não foi confirmada pela assessoria de Temer.

 

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