Cabral fala como reeleito; Gabeira admite ‘chances remotas’

Rio de Janeiro – O candidato do PV ao Governo do Rio de Janeiro, Fernando Gabeira, foi um dos primeiros a votar, em uma escola da Lagoa, na Zona Sul […]

Rio de Janeiro – O candidato do PV ao Governo do Rio de Janeiro, Fernando Gabeira, foi um dos primeiros a votar, em uma escola da Lagoa, na Zona Sul da cidade, logo após o início da votação, às 8h. O deputado verde, que segundo a pesquisa de boca-de-urna do Datafolha terá 21% dos votos válidos, contra 67% de Sérgio Cabral (PMDB), admitiu aos jornalistas que tem “chances remotas” de ir ao segundo turno contra o governador, que tenta a reeleição.

“O papel de um candidato quando ele não ganha é agradecer àqueles que, mesmo minoritariamente, votaram nele. Um segundo papel é desejar felicidades ao vencedor e à maioria e dizer que estaremos sempre juntos colaborando com o Rio de Janeiro, independentemente do resultado eleitoral”, disse Gabeira.

O candidato elogiou o povo do Rio de Janeiro: “Mesmo quando o povo não vota majoritariamente em você, você continua com o povo. O povo do Rio é maravilhoso e merece nosso apoio independentemente de suas opções eleitorais momentâneas”, disse.

Acompanhado pela primeira-dama, Adriana Ancelmo, e dos filhos, Sérgio Cabral votou por volta das 10h30, em uma escola em Copacabana. O governador, que também teve a companhia do senador Francisco Dornelles (PP), falou como se já estivesse reeleito: “Agradeço imensamente ao povo do Rio de Janeiro pelo apoio que tive durante toda a campanha e quero reforçar que minha prioridade continuará sendo a segurança pública. Até 2014, o Rio não terá mais nenhuma comunidade dominada pelo poder paralelo do tráfico de drogas”, prometeu.

Também com sua reeleição assegurada, segundo as pesquisas de boca-de-urna do Ibope e do Datafolha, o senador Marcelo Crivella (PRB) foi outro que adotou um discurso vitorioso após votar em um colégio em Copacabana pouco depois das 9h: “Estamos confiantes na vitória, mas eu ainda vou percorrer toda a cidade do Rio e os municípios da Baixada Fluminense. Candidato tem que pedir voto até o último minuto”, disse.

Crivella ressaltou a importância do apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a sua candidatura: “A participação do presidente Lula foi fundamental e eu só tenho a agradecer”, disse. O candidato do PRB elogiou ainda a eleição de Lindberg Farias (PT), também apontada pelas pesquisas de boca-de-urna, e criticou os adversários Cesar Maia (DEM) e Jorge Picciani (PMDB): “Fiz uma campanha limpa, ao contrário de um ou dois candidatos que fizeram campanhas faustosas e perdulárias. Os eleitores do Rio vão deixar para esses políticos a lição de que não se ganha eleição com dinheiro”, disse.

Cesar e Picciani

Apontado pelas pesquisas de boca-de-urna como o maior derrotado das eleições deste ano no Rio, o ex-prefeito Cesar Maia, após votar, ignorou a disputa estadual e preferiu falar da eleição para a Presidência da República. Ao contrário da postura adotada publicamente nos últimos dias de campanha, Cesar manifestou seu descontentamento com aliança formada com o PSDB e o PPS em torno de José Serra e falou que o DEM terá candidato próprio em 2014: “O DEM terá candidato à Presidência na próxima eleição. Não ter candidato próprio nas eleições deste ano significou diminuir a nossa bancada”, disse.

Jorge Picciani também votou pela manhã, na Barra da Tijuca. O candidato do PMDB, que nos últimos dias de campanha externalizou sua frustração por não receber o apoio direto de Lula ao afirmar que o presidente apoiava Crivella porque este “o ajudou na época do mensalão”, adotou postura mais comedida, mas não sem evitar o tom derrotista: “Se eu ganhar, vou me dedicar ao Senado. Caso contrário, reassumo amanhã às dez da manhã a presidência da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro. Vou me dedicar à presidência do PMDB no Rio e me aplicar intensamente na reeleição do prefeito Eduardo Paes daqui a dois anos”, disse.

Com informações de agências

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