Aos 79 anos, morre em São Paulo o senador Romeu Tuma

O senador Romeu Tuma interrompeu a campanha neste ano devido aos problemas de saúde que o levaram a ficar internado por mais de um mês (Foto: Antonio Cruz / Arquivo […]

O senador Romeu Tuma interrompeu a campanha neste ano devido aos problemas de saúde que o levaram a ficar internado por mais de um mês (Foto: Antonio Cruz / Arquivo ABr)

São Paulo – Morreu nesta terça-feira (26), às 13h, no Hospital Sírio-Libanês, onde estava internado desde o dia 1º de setembro, o corregedor-geral do Senado, Romeu Tuma (PTB-SP). O senador deu entrada no hospital com quadro infeccioso de afonia e, no último dia 2, foi submetido a uma cirurgia para colocação de um dispositivo de assistência ventricular chamado Berlin Heart. Segundo assessores de Tuma, o corpo do parlamentar será velado na Assembleia Legislativa do São Paulo.

Romeu Tuma nasceu em 4 de outubro de 1931, na cidade de São Paulo. Casado com Zilda Dirane, Tuma teve quatro filhos e nove netos. Descendente de imigrantes libaneses, ingressou na carreira policial aos 20 anos de idade. Tornou-se investigador por concurso público e, em 1967, delegado de polícia, após formar-se em Direito. Chegou então a Diretor de Polícia Especializada, na Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo. Entre 1977 e 1983, dedicou-se a esclarecer casos de sequestros.

Em 1983, assumiu a Superintendência da Polícia Federal em São Paulo. Exerceu, em seguida, a função de diretor-geral da Polícia Federal. Durante o governo de Fernando Collor de Mello (1990-1992), acumulou os cargos de superintendente da Receita Federal e diretor-geral da Polícia Federal. Em 1991, passou a ocupar uma vice-presidência da Organização Internacional de Polícia Criminal (OIPC-Interpol), que congrega as polícias de 186 nações.

Em 1995, afastou-se do Poder Executivo para cumprir, pelo PL, seu primeiro mandato de senador por São Paulo, com mais de 5,5 milhões de votos. Em 2002, reelegeu-se pelo PFL, com 7.278.185 votos, para o mandato até com fim em 2011. Em 2003, foi eleito 1.° secretário da Mesa Diretora do Senado, o quarto cargo em importância na hierarquia parlamentar. Mais tarde, filiou-se ao PTB. Tuma foi candidato à reeleição em outubro, mas, impossibilitado de participar da campanha em razão do tratamento de saúde, não foi reeleito.

No Senado, foi corregedor-geral, cargo até hoje somente exercido por ele – com atuação focada em questões ligadas à segurança pública. Seus suplentes são Alfredo Cotait e Alexandre Honore Marie Thioillier Filho.

Com informações da Agência Brasil e Agência Senado

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