Serra pede a mineiras que conquistem votos de pretendentes
“Se você é uma menina bonita, tem que conseguir 15 votos”, disse José Serra(Foto: Fabio Pozzebom) São Paulo – O candidato à Presidência da República pelo PSDB, José Serra, pediu […]
Publicado 28/10/2010 - 17h42
São Paulo – O candidato à Presidência da República pelo PSDB, José Serra, pediu nesta quinta-feira (28) às mulheres de Uberlândia (MG) para conquistar votos de seus pretendentes. “Se você é uma menina bonita, tem que conseguir 15 votos. Pegue a lista de pretendentes e mande um e-mail. Fale que quem votar em mim tem mais chance com você”, sugeriu.
O tucano fez a terceira visita a Minas Gerais no segundo turno e contou com grupos de batucada e fanfarra contratados. Cerca de cinco ônibus oriundos de Belo Horizonte, com cabos eleitorais que recebem R$ 40 por dia participaram das atividades de Serra na cidade.
O presidenciável insistiu em elogios a Minas, onde sua adversária, Dilma Rousseff (PT) venceu no primeiro turno. “Minas é o centro do país. É a síntese. E Minas vai decidir essa eleição”, afirmou.
O senador eleito por Minas Gerais, Aécio Neves, e Anastasia, governador eleito do estado, acompanharam o candidato em suas atividades em Uberlândia. “Fizemos barba, cabelo e bigode elegendo a mim, ao Aécio e ao Itamar. Agora, a tarefa para ficar completa é José Serra presidente”, discursou Anastasia.
Bento XVI
Serra também se pronunciou sobre as declarações do papa Bento XVI nesta quinta-feira (28) a bispos brasileiros no Vaticano. O pontífice defendeu que os clérigos se posicionem em eleições caso temas como aborto e eutanásia são colocados no debate. “Eu não ouvi as declarações, mas elas são até previsíveis”, disse Serra. “O papa é o líder mundial da Igreja Católica e tem o direito e a liberdade de dar suas opiniões e orientar os bispos”, afirmou.
A campanha foi marcada por temas religiosos e por compromissos dos candidatos com a agenda de setores evangélicos e católicos. Cópias de um panfleto da Regional Sul 1 da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) foram distribuídas em igrejas e pelas ruas do país. Outra ação, atribuída à campanha do PSDB, envolveu uma ação de telemarketing ativo (telefonemas direcionados a milhares de eleitores) afirmando que Dilma Rousseff (PT), candidata governista ao cargo, seria favorável ao aborto.
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