São Paulo – O Comitê de Sindicalistas do ABC inaugura um “pedagiômetro” neste sábado (25), às 14h, no estacionamento da Câmara Municipal de São Caetano. O mecanismo é semelhante ao criado no site de mesmo nome que faz uma estimativa do montante arrecadado em rodovias paulistas e tem semelhanças em relação ao Impostrômetro, que opera no centro de São Paulo.

O marcador promete mostrar, ao longo de todo o ano, o volume pago por motoristas nas 220 praças de pedágios instaladas nos últimos 16 anos – sob gestão de governadores do PSDB. A crítica é ao modelo de concessão onerosa adotado no estado. A estimativa, realizada a partir de relatórios de receita das empresas que exploram as rodovias, é de que tenham sido arrecadados R$ 3,8 bilhões em 2010.

A inauguração do painel eletrônico com 2,5 metros de altura será marcada por um ato de protesto que terá a presença de lideranças sindicais, políticas e dos movimentos sociais da Região e do Estado. Para especialistas, o modelo de concessão de pedágios no Estado de São Paulo garante às empresas responsáveis pelas concessões das rodovias (e cobrança do pedágio) lucros maiores do que os do sistema financeiro.

O custo médio por quilômetro nas rodovias concedidas à iniciativa privada é de R$ 0,111, 46% a mais do que em rodovias nos Estados Unidos, por exemplo. A Florida’s Turnpike demanda R$ 0,076 por quilômetro rodado.

Desde o início das privatizações em 1998 já foram feitos 112 novos pedágios em todo o em São Paulo. Isso equivale a uma nova praça a cada 40 dias. São Paulo tem hoje mais pedágio do que todo o resto do país segundo a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias.