PT pede cassação de Puccinelli no MS

Puccinelli com Eduardo Machado Rocha, prefeito interino de Dourados (Foto: Rachid Waqued/Divulgução) São Paulo – A coligação encabeçada pelo PT de Mato Grosso do Sul protocolou ação de investigação judicial […]

Puccinelli com Eduardo Machado Rocha, prefeito interino de Dourados (Foto: Rachid Waqued/Divulgução)

São Paulo – A coligação encabeçada pelo PT de Mato Grosso do Sul protocolou ação de investigação judicial eleitoral pedindo a cassação do registro da candidatura à reeleição do governador André Puccinelli (PMDB). A alegação é de abuso do poder político. Vídeos divulgados na internet pela propaganda gratuita de TV do candidato Zeca do PT mostram o governador mencionando a vereadores aliados a possibilidade do uso de critérios políticos para a definição dos beneficiários de programas de habitação popular no estado.

O vídeo foi retirado do horário eleitoral por liminar concedida pelo Tribunal Regional Eleitoral do estado (TRE-MS). Porém, ele pode ser assistido pelo site Youtube. A assessoria de imprensa da campanha de André Puccinelli disse que o candidato irá responder ainda nesta sexta-feira (10), em seu programa eleitoral. Ainda de acordo com a assessoria, os vídeos publicados na internet seriam “brincadeiras retiradas de seu contexto por meio de montagem”.

Puccinelli cita a distribuição de casas como instrumento para “recuperar” vereadores não aliados. “Vamos fazer uma parceria aqui? Vamos tentar recuperar todos? Vamos dar dez casas pra cada vereador indicar, preenchendo os critérios”, diz. O governador fala ainda que os vereadores que “não se explicarem” com ele “ficam fora, bem claro e português bem aberto.”

Na ação, a coligação petista diz o governador usou argumentos semelhantes ao menos 12 eventos para lançamentos de programas do governo.

Um manifesto foi divulgado por líderes petistas. O texto diz que a conduta de Puccinelli é de “burlar a lei eleitoral” para obter vantagens indevidas e causar desequilíbrio no pleito. Eles consideram o expediente como abuso da máquina estatal.

Cupincha

“Pode pôr o cupincha? Pode. Se o cupincha for pobre, for mulher que está sustentado a família, pode pôr o cupincha que não tem problema nenhum. Preencheu os critérios, pode pôr”, disse Puccinelli, durante discurso na cidade de Pedro Gomes (a 325 quilômetros de Campo Grande).

Em evento semelhante, em Ivinhema (a 238 quilômetros da capital, o governador diz em discurso que “vereador tem que indicar a casa”. “Vereador não esta andando nas ruas todos os dias? Ele sabe quem que é pobre, sabe quem precisa. (…) Vereador só não pode dar pra namorada dele solteira, ai não”, diz.

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