PSDB sobe o tom na reta final e compara PT a cachorros

Na internet, vídeos divulgados pela campanha a partir desta quinta-feira (22) associam partido de Dilma Rousseff como rottweilers

São Paulo – O PSDB sobe o tom na reta final da campanha. A 11 dias da eleição, às 17h desta quinta-feira (23), vão ao ar no YouTube vídeos produzidos pela campanha de José Serra que associam o PT a cachorros rottweilers, além de outros tipos de ataques. A opção de levar o material para a TV estaria descartada, segundo informações divulgadas por jornalistas.

Segundo a Agência Estado, integrantes da ala política do PSDB teriam encomendado a peça publicitária para Adriano Gehres, publicitário que trabalha atualmente na campanha de Marconi Perillo (PSDB), candidato ao governo de Goiás. O marqueteiro da campanha de Serra, Luiz Gonzalez, teria barrado a inserção no horário eleitoral de TV, por ser contra a estratégia adotada pela campanha.

Em um dos vídeos, um ator vestido e maquiado como Lula, paramentado com uma faixa presidencial, segura guias de quatro cães da raça rottweiler. Enquanto um locutor narra que “Lula fez muitas coisas boas para o Brasil, mas a mais importante foi segurar os radicais do PT”, o sósia do presidente mantém os animais presos. Em seguida, os cachorros são soltos e correm em direção à câmera, o locutor diz: “Já a Dilma…”

Lauro Jardim, no Radar on-line, da revista Veja, aponta Sérgio Guerra como autor da encomenda. Ele também teria sido o responsável por bancar a exibição na internet, em um canal do YouTube chamado “O Brasil não é do PT”. Até a manhã desta quarta, apenas um anúncio da peça é exibido.

Medo de 2002

A opção de adotar uma estratégia qualificada na própria reportagem da Agência Estado como “terrorismo eleitoral” ocorre ainda antes do primeiro turno. O anúncio com rottweillers na reta final de 2010 a princípio não devem ir à TV.

Em 15 de outubro de 2002, no primeiro dia de horário político na disputa para o segundo turno, o então candidato José Serra levou à TV a atriz Regina Duarte. Na inserção, ela dizia que tinha “medo” de Lula assumir o poder, comparando as incertezas às geradas na Argentina.

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