Para Eduardo Campos, acusação de abuso de poder é ‘esdrúxula’

O candidato do PSB ao governo de Pernambuco, Eduardo Campos, em inauguração de comitê (Foto: Divulgação/Flickr) São Paulo – A campanha de Eduardo Campos (PSB), candidato à reeleição ao governo […]

O candidato do PSB ao governo de Pernambuco, Eduardo Campos, em inauguração de comitê (Foto: Divulgação/Flickr)

São Paulo – A campanha de Eduardo Campos (PSB), candidato à reeleição ao governo de Pernambuco, reagiu à representação da oposição que pede sua impugnação. Em nota, a acusação de abuso de poder político e econômico é taxada de “argumento estapafúrdio, esdrúxulo e até esquisito”.

A coligação “Pernambuco Pode Mais”, comandada pelo senador e candidato ao governo do estado Jarbas Vasconcelos (PMDB), acusa a “Frente Popular de Pernambuco”, do governador Eduardo Campos (PSB), de poder político, econômico e de autoridade. É um pedido de investigação sobre uma possível agregação de prefeitos da oposição pelo socialista.

No pedido entregue ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE), há trechos do Diário Oficial e reportagens publicadas em blogs e jornais locais que indicam, segundo a oposição, a ação dos governistas em busca da adesão de lideranças ao palanque da coligação de Campos. A destinação de verbas teria sido usada para angariar apoio eleitoral.

O coordenador jurídico da coligação peemedebista, Lêucio Lemos, disse que reuniu dados sobre os repasses de recursos do governo estadual em 2009 e 2010 para nove prefeituras administradas pela oposição. Pelo documento os prefeitos passaram a apoiar a candidatura de reeleição de Eduardo. O advogado apresentou como o caso mais representativo o de Timbaúba, na Mata Norte. Em 2009, o município teria recebido R$ 287,1 mil da administração estadual e, em 2010 (entre janeiro e junho), R$ 1,7 milhão.

“Queremos que esses episódios sejam investigados. Comprovando-se que houve cooptação, pedimos a inelegibilidade, a cassação do registro do governador Eduardo Campos. Caso ele seja eleito, pedimos a cassação do diploma”, afirma Lêucio.

Esta é a segunda ação da oposição denunciando uma possível agregação de lideranças políticas por Eduardo. A primeira foi relacionada ao prefeito de Araçoiaba, Alexandre Sobrinho (PMDB). De acordo com a advogada Virgínia Pimental, da Frente Popular, é o sétimo pedido de cassação do registro de candidatura dele.

A documentação protocolada (TRE-PE) diz que os “poucos prefeitos e lideranças políticas resistiram às ofertas vultuosas” e os que resistiram sofreram “represálias”.

Segundo a nota da campanha de Campos, o objetivo da ação judicial “é meramente político”. “O que deseja o Sr. Jarbas (Vasconcelos) é escusar-se de explicar sua iminente derrota”, diz a nota.

Confira a nota na íntegra:

“A coligação Pernambuco Pode Mais propôs no Tribunal Regional Eleitoral Ação de Investigação Judicial contra o governador Eduardo Campos fundamentada no argumento estapafúrdio, esdrúxulo e até esquisito de que a base de apoio da Frente Popular de Pernambuco, mais notadamente de prefeitos de partidos da oposição, se formou em função de cooptações realizadas em troca de obras e ações governamentais.

Trata-se, na verdade, de expediente já utilizado em outras eleições, e que demonstra desrespeito à vontade popular, abusando da Justiça Eleitoral, para conseguir através de manobras jurídicas aquilo que o eleitor os tem negado de forma clara, evidente e decisiva. Basta rememorar artifícios semelhantes já utilizados nas eleições para Prefeito do Recife.

Sobressai nos argumentos utilizados pelo candidato da oposição em diversos pronunciamentos, e agora na referida ação judicial, um tanto de frustação pelo fato do Governador Eduardo Campos ter realizado um governo exitoso e sem discriminações de caráter político e partidário, ou seja, governando para todos, com foco sobretudo nos que mais precisam. É óbvio que trabalhando dessa forma a população de todas as regiões de Pernambuco enxergaria no Governador Eduardo Campos um dirigente respeitoso e de atividades largas, capaz de unir diversos segmentos sociais e suas lideranças, inclusive políticas, em torno de um projeto que recolocou o estado na trilha do desenvolvimento equilibrado econômica e socialmente, crescendo mais que o nordeste e o Brasil.

Nessa conjuntura, o povo e suas lideranças têm expressado sua escolha por dar continuidade ao projeto que aponta para o futuro. Juntando a todos quantos queiram dele participar, sem olhar para o passado e desprovido de ódios ou rancores.

O propósito dessa ação judicial, portanto, é meramente político, cujos argumentos já vêm sendo meticulosamente plantados na imprensa local desde o início da campanha eleitoral.
Nitidamente, o que deseja o Sr. Jarbas é escusar-se de explicar sua iminente derrota. Colocando a Frente Popular na situação de explicar a vitória de Eduardo Campos.
Por fim, o que temos sentido nas ruas de todas as cidades, de todas as regiões do Estado é uma manifestação de repúdio às propostas e soluções miraculosas, repúdio a agressividade e ao ódio, repúdio ao uso da mentira como arma eleitoral.

Pernambuco quer o futuro. E o povo o demonstrará através da vitória do Governador Eduardo Campos no dia 3 de outubro.”

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