Novo governo não vai enfrentar falta de energia elétrica, assegurou Tolmasquim

Rio de Janeiro – Não há risco de desabastecimento de energia elétrica, assegurou nesta quarta-feira (29) o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, no 7º Encontro Nacional […]

Rio de Janeiro – Não há risco de desabastecimento de energia elétrica, assegurou nesta quarta-feira (29) o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, no 7º Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico (Enase 2010), no Rio de Janeiro. Graças à expansão da capacidade instalada e da rede de transmissão, Tolmasquim disse que “hoje está tranquilo, porque a gente tem como fazer face a esse período seco”.

Ele informou que as usinas térmicas que estão operando para compensar a redução do volume de água nos reservatórios das hidrelétricas serão desligadas ao final do período de estiagem. “Mas não tem risco de desabastecimento. Ano que vem vai ter energia sem problema nenhum”.

Segundo Tolmasquim, o próximo governo também não enfrentará problemas nessa área, em função do excedente de energia. Ele confirmou que, se depender da capacidade de geração, a economia do país pode crescer 7% ao ano até 2014 “sem problemas”.

Tolmasquim disse ainda que existe a possibilidade de, no médio prazo, o país ampliar a participação das usinas termelétricas a gás natural com o combustível extraído dos campos do pré-sal. Salientou, porém, que isso só deverá ocorrer após 2019. A EPE está estudando a malha de dutos no Brasil e espera, para os próximos dias, a publicação da regulamentação da Lei do Gás pelo Ministério de Minas e Energia. O objetivo da lei é dar competitividade para o transporte de gás natural.

No momento, o que está deslanchando, segundo Tolmasquim, é a concessão de licenças para usinas hidrelétricas e de fontes renováveis (eólica e biomassa).

Tolmasquim confirmou ainda que o país deverá construir, até 2030, quatro usinas nucleares, fora Angra 3 (que já está em fase de implantação). “ [As usinas nucleares] vão sair, sem dúvida alguma, porque é uma maneira de a gente manter o conhecimento tecnológico, acompanhar o estado da arte”. Como o Brasil tem a sexta maior reserva de urânio do mundo e domina o processo de enriquecimento, “tem toda uma lógica a gente acompanhar essa tecnologia. E a melhor maneira de acompanhar é fazendo”, afirmou ele.

Sobre Angra 3, o presidente da EPE estimou que a usina deve entrar em operação na data prevista, em 2015. Disse que as dificuldades enfrentadas na construção da obra são normais em empreendimentos desse porte. “Não é nada que, por enquanto, esteja sinalizando um atraso”.