Líder nas pesquisas, Anastasia vira alvo prioritário no debate em Minas

Adversários centraram esforços na crítica à gestão tucana nos últimos oito anos

Rio de Janeiro – Com uma vantagem cada vez maior sobre os adversários, Antonio Anastasia  (PMDB) recebeu duras críticas dos adversários no último debate entre os candidatos ao governo de Minas Gerais realizado nesta terça-feira (28) pela Rede Globo. Hélio Costa (PMDB), José Fernando Aparecido (PV) e Professor Luiz Carlos (PSOL) usaram o programa para subir o tom das críticas, já que os debates anteriores foram marcados pela contemporização. Anastasia, por sua vez, não foi tão incisivo, mas fez críticas em relação ao investimento do Governo Federal em Minas.

No primeiro bloco, José Fernando e  Anastasia debateram o tema estradas. O tucano defendeu os programas estaduais na área e criticou a lentidão do governo federal em realizar licitações, usando como exemplo a BR381. O candidato do PV retrucou ao dizer que a reforma da “rodovia da morte” está  prometida há 16 anos e que nem o governo tucano nem o petista conseguiram cumprir.

Em seguida, Anastasia questionou Costa sobre o “Bolsa Verde”, um projeto do atual governador
que permitiria a preservação do meio ambiente. O peemedebista usou o tempo de resposta para
questionar dados que Anastasia usou no debate anterior sobre a transposição do Rio São Francisco,
como a utilização de 60% das águas para irrigação e o pedido federal para a construção de   pequenas barragens em Minas. Outro momento marcante da oposição no bloco foi a afirmação de Costa sobre a remuneração dos professores. “Nós queríamos que os professores ganhassem pelo menos mais que os professores de Sergipe, que é o menor estado da Federação”, disse.

No início do segundo bloco, mais um confronto entre Anastasia e Costa. O peemedebista criticou o gasto de R$ 2 bilhões na construção do novo centro administrativo do Estado e em propaganda e perguntou se não o dinheiro não seria mais bem gasto em saúde. O tucano listou uma série de indicadores de saúde que melhoraram em seu governo. Na pergunta seguinte, Anastasia usou a pergunta para José Fernando para atacar Dilma, que pensaria que já está eleita, e Costa, que estaria fazendo ameaças de que só haverá obras federais no Estado se ele for eleito.

No bloco seguinte, Costa perguntou para Anastasia quais ações poderiam ser consideradas um  “PAC mineiro”. O tucano disse que em volume de aplicações é proporcionalmente maior do que o PAC federal. Costa ironizou: “Eu vou ter de acreditar que o governo de Minas está investindo mais em
saneamento do que o governo federal”, disse.

Correios e corrupção

O tom dos ataques subiu no quarto bloco. Anastasia provocou Costa ao questioná-lo sobre a gestão
nos Correios, atribuindo a crise na estatal à gestão do ex-ministro das Comunicações. Costa rebateu
dizendo que a administração tucana no estado não fui justa com os servidores. Na réplica, o tucano reclamou que Costa não havia respondido à pergunta sobre o ‘apagão postal’. Irritado, Costa reagiu. “Ele gosta de falar mal dos Correios”, lembrando em seguida que a diretoria do Instituto Estadual de Florestas “saiu presa e algemada” do órgão. Anastasia ganhou direito de resposta e disse que quando começou o processo de investigação, a diretoria foi afastada e o governo participou da apuração.

Nas perguntas seguintes, uma sequência de ataques a Anastasia. Luiz Carlos afirmou que o governo está “perdendo o pudor com essa questão de desvio de dinheiro”, em relação à pergunta de Costa sobre repasse de recursos da saúde para o saneamento. Em seguida, o candidato do Psol voltou à carga, dizendo que o “governo é refém das empresas de transporte coletivo, que financiam sua campanha”.

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