Em debate morno em MG, Anastasia nega esconder Serra em campanha

Tensão aumentos em poucos momentos; ausência de José Serra na campanha foi um deles

Candidato do PSDB ao governo de Minas Gerais, Antonio Anastasia (Foto: Renato Araujo/ABr)

Rio de Janeiro – No debate entre os candidatos ao governo de Minas Gerais, realizado na quarta-feira (22) pela Rede TV e pelo jornal Folha de São Paulo, os candidatos mais bem colocados nas pesquisas, Helio Costa (PMDB) e Antonio Anastasia (PSDB), fugiram do confronto direto. Mesmo em temas polêmicos como investimento na saúde e responsabilidade sobre as estradas do estado, o tom dos candidatos foi conciliador. Também participaram do debate os candidatos José Fernando (PV) e Luiz Carlos (PSOL). Edilson Nascimento (PTdoB), que havia confirmado presença, não compareceu.

No último bloco, em que jornalistas questionavam os candidatos, Anastasia foi questionado se estaria evitando críticas a Lula e escondendo o presidenciável José Serra (PSDB) da campanha como uma forma de defender o voto “Dilmasia” no estado – com Dilma Rousseff (PT) para o Palácio do Planalto e Anastasia ao da Liberdade. Anastasia afirmou que está fazendo campanha com Serra e que ele não está escondido, mas frisou que cada eleitor formula a chapa que considera mais adequada. Disse que apresenta os erros do governo federal, mas também o que consideram positivo no adversário.

No primeiro bloco, todos os candidatos responderam à mesma pergunta, sobre a condição das estradas federais no estado. A formulação da pergunta deu margem a ataques ao governo federal, mas mesmo assim as respostas não foram agressivas. Anastasia afirmou que as estradas estaduais estão em melhores condições que as federais, mas que há um compromisso do governo federal para a reforma de uma das piores delas, a BR-381 (Fernão Dias). Já Hélio Costa defendeu que o governo federal transferisse as obras de rodovias para o estado, que teria mais capacidade para se engajar nas obras.

No segundo bloco, o primeiro embate mais duro. Anastasia criticou a transposição do Rio São Francisco, por ter, segundo ele, o objetivo de atender às necessidades de grandes agricultores, deixando as comunidades ribeirinhas sem água. Em seguida, o tucano voltou ao tema das estradas, desta vez de forma mais incisiva, ao dizer que o governo federal tem vontade e recursos para investir, mas não a eficiência. Helio Costas afirmou que a duplicação da BR-381 não foi realizada porque as empresas não quiseram assumir os lotes mais difíceis da obra.

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